sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

DROGAS: Como Orientar Seus Filhos


A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica droga como ''toda a substância que, introduzida em um organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções''.  

O uso constante dessas substâncias pode causar um comportamento compulsivo e a necessidade de aumentar a freqüência do uso, o que caracteriza a dependência. As drogas sempre existiram e muitas delas foram descobertas e usadas no passado de forma legal no tratamento de problemas psiquiátricos como é o caso da cocaína e do LSD. Hoje todo mundo sabe que as drogas fazem mal à saúde e que podem causar danos físicos e psicológicos. Não é à toa que chamamos de "droga" tudo aquilo que não é bom, que não tem qualidade e que não gostamos "O serviço de tal restaurante é uma droga!", "este produto não presta, é uma droga!" - pois essa é a visão que temos sobre o conceito da palavra "droga": algo que não é bom. O que preocupa não é o conceito, mas sim o efeito que a substância provoca.

O consumidor de droga
A droga no momento que é utilizada não é uma "droga". A droga é boa, causa uma sensação de prazer ou euforia e é aí que mora o perigo. Essa sensação de prazer que faz com que o usuário, sem perceber, aumente a freqüência do uso e quando menos espera, torna-se um dependente químico.

Principais drogas consumidas no mundo:
- Maconha
Droga derivada da planta Cannabis Sativa, na qual o princípio ativo é o THC. A erva é consumida em forma de cigarro chamado de "baseado".  Os efeitos psíquicos variam de acordo com a concentração de THC, mas geralmente causa um profundo estado de relaxamento, calma e vontade de rir. Alguns usuários relatam pânico, angústia e letargia. Apesar de ser a droga ilegal mais consumida no mundo, a maconha causa danos a saúde do usuário. Entre os efeitos físicos pode ocorrer avermelhamento dos olhos, taquicardia, diminuição da capacidade respiratória e, em alguns casos, câncer de pulmão.

- Cocaína
Droga originada da planta Erythroxylon coca existente no Peru, a cocaína pode ser utilizada geralmente via intranasal, mas também pode ser consumida por via oral. É uma droga psicoativa que estimula e vicia, causando dependência rápida. Os efeitos físicos são: aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilatação da pupila, elevação ou diminuição da pressão sanguínea, calafrios, náuseas, vômitos, perda de peso e apetite são alguns dos efeitos da cocaína.

- Ecstasy
Droga conhecida como a "droga do amor" o ecstasy ou a 3,4 metilenodioximetanfetamina possui efeito estimulante e alucinógeno. É consumida via oral em forma de pastilhas ou inalada em forma de pó. O ecstasy age aumentando a produção de serotonina, (hormônio relacionado ao bem-estar) e diminuindo a reabsorção deste hormônio. Seus efeitos surgem após 20 a 45 minutos e pode causar taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura na boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, reflexos alterados, vontade de urinar, transpiração excessiva, câimbras. Entre os efeitos psíquicos estão: a sensação de intimidade com as outras pessoas, aumento da comunicação, euforia, libido, autoconfiança e despreocupação.

Em longo prazo, a droga ecstasy pode causar depressão, síndrome do pânico, esquizofrenia, perda do autocontrole e dificuldade de memória.

- Crack
Droga derivada da planta de coca, o crack é uma mistura de cocaína, bicarbonato de sódio, amônia e água destilada, no formato de pedras que são fumadas em cachimbos. O crack é mais consumido que a cocaína por ser muito barato e de efeito rápido. É uma droga que vicia muito rápido e provoca danos irreversíveis a saúde. Ocasiona dependência física e morte devido a sua forte ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco.
O crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão, dilatação das pupilas, tremores, excitação. Entre os efeitos da droga estão grande euforia e aumento da auto-estima.

Sempre temos escolha. E muitas vezes, trata-se apenas de uma escolha de atitudes.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Crack avança em várias classes sociais

O crack, uma droga antes consumida principalmente por moradores de rua, avança sobre várias classes sociais.



As pedras de crack passam de mão em mão. São divididas à luz do dia e tudo isso acontece na calçada, no bairro de Aldeota, o mais nobre de Curitiba.  Alguns quarteirões a diante o entra e sai no terreno baldio tira a tranquilidade dos vizinhos. Lá dentro, os escombros dão abrigo a famílias e encobrem o uso de crack, revelado nas latas cortadas para o consumo da droga.

O consumo de crack nas áreas nobres da cidade acontece além dos limites dos terrenos baldios e também em plena luz do dia. Acaba deixando sinais pelas calçadas e muita indignação entre os moradores.

Com medo de mostrar o rosto, um homem conta o que vê todos os dias.

"Há de tudo: mulheres, grávidas, crianças, idosos", afirmou um morador.

O delegado responsável pelo combate ao tráfico de drogas diz que é preciso um policiamento constante.

"Com certeza, essa minha ação não vai resolver aquele problema porque tem que ser ações que tenham manutenção, ações constantes. Todo aparelho policial deve funcionar em conjunto", afirmou o delegado Everardo Lima da Silva (Denarc).

O crack não avança apenas na classe média: até celebridades mundiais tiveram problemas com a droga.

Não faltam casos entre pessoas bem sucedidas: Amy Winehouse e Whitney Houston são os mais conhecidos.

No Rio, um crime cometido por abuso de crack vai levar o músico Bruno de Melo ao banco dos réus. Há três meses, ele estrangulou a amiga no apartamento dele, depois de se drogar.

Esse caso mostra que o crack, antes consumido principalmente por moradores de rua, vem fazendo vítimas também na classe média. Um levantamento em clínicas particulares para tratamento de viciados em drogas, no Rio, revela que 30% das pessoas internadas são usuários de crack.

A psiquiatra Analice Gigliotti disse que, na maioria dos casos entre a classe média, a substância é usada por quem já consumia cocaína.

“A cocaína perde o efeito, gera tolerância aos efeitos estimulantes, entre outros. Mudar para uma droga que é fumada aumenta a intensidade do efeito, porque o crack é absorvido pelo pulmão, que tem uma superfície de absorção muito maior. Então, a quantidade de cocaína que chega ao cérebro é muito maior”, explicou a psiquiatra.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Adolescente é internado após festa de calouros na Universidade do Paraná


A Universidade Federal do Paraná divulgou nesta terça-feira (26) que vai investigar o caso do calouro João Francisco Nogueira Medeiros, que passou mal durante a festa de recepção aos calouros, na sexta-feira (22). De acordo com a universidade, o jovem, de 17 anos, foi encontrado desmaiado, do lado de fora do campus de Ciências Agrárias, onde aconteceu a recepção.


O estudante ficou 24 horas na UTI de um hospital em Curitiba, em observação, e só recobrou a consciência na manhã de sábado (23). Segundo a UFPR, o estudante está em casa e passa bem.

Com a comissão instaurada para investigar o caso, a universidade quer esclarecer quais foram os movimentos de João Francisco durante a festa de recepção e que motivos levaram ao desmaio. Os trabalhos, que envolvem análise de vídeos gravados por câmeras de segurança e entrevistas com testemunhas, devem ser finalizados em 30 dias.

A festa foi organizada pelo Diretório Central dos Estudantes. “A cerveja estava dentro do permitido e o DCE iria fazer a distribuição da cerveja."

Esse é mais um exemplo de como momentos de alegria, que deveriam ser lembrados como bons momentos, é transformado em quase tragédia. Não confundir excesso de alegria com descontrole sobre suas ações. Festas entre jovens não pode ser marcada pela falta de auto-domínio, ou sequer se limitar à um desvio de conduta, devido à influência de pessoas mais velhas ou mais influentes no meio que se vive, não apenas entre os jovens, mas em todas as faixas etárias, devemos atentar para que não seja perdidas todas as lembranças que deveriam ser boas para o álcool e seus efeitos.

Dê um cartão vermelho para as drogas LÍCITAS também. O álcool é só a porta de entrada para um caminha que talvez não apresente sua porta da saída.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Atentem-se Jovens!


A indústria da bebida alcoólica está investindo mais em propagandas dirigidas a adolescentes do que nas voltadas a adultos. A conclusão é de um estudo publicado neste mês no "Journal of Adolescent Health", que avaliou, durante cinco anos, 13.513 campanhas de bebidas em 118 revistas americanas.

Apesar de o trabalho ter sido feito nos EUA, há indícios de que a tendência é a mesma no Brasil. Pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostra que o adolescente se identifica com elementos da propaganda de cerveja -cores, gente jovem e bonita.

Outro estudo da Unifesp ainda não concluído mostra que há muita propaganda de bebida na TV sendo veiculada à tarde, quando a maior audiência é do público infanto-juvenil. O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) informou que desconhece essa informação e que não tem acesso às pesquisas da Unifesp e suas metodologias.

"A indústria do álcool está nos enganando. Ao contrário do seu posicionamento público (de que não há publicidade dirigida a menores de idade), eles estão mirando nos jovens por meio da sua propaganda. Eles estão dizendo uma coisa e fazendo outra", disse à Folha Michael Siegel, professor de ciências da saúde da Boston University e coautor do estudo.

Segundo os pesquisadores, as propagandas de bebidas usualmente consumidas por jovens (como cerveja premium beer ou de baixa caloria, rum e vodca) apareceram quatro vezes mais em revistas voltadas para jovens em comparação às bebidas mais consumidas por adultos (como uísque e gim).

Segundo a pesquisadora Ilana Pinsky, professora da Unifesp, as normas de autorregulamentação brasileiras são frequentemente burladas pela indústria no que diz respeito à propaganda de cerveja. "Embora ela não fale do produto em si, aborda os sonhos e o estilo de vida relacionado às pessoas jovens e bonitas, às festas, que tudo tem a ver com o jovem."

Segundo o Conar, todos os possíveis abusos nas propagandas de cerveja são investigados. No ano passado, mais de cem processos éticos foram abertos, informou o conselho. Procurado pela Folha, o Sindicerv (sindicato nacional das indústrias de cerveja) não quis comentar as pesquisas.

Para Pinsky, a propaganda é um dos elementos que leva o jovem a um início mais precoce do consumo de bebida. Uma pesquisa do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas de São Paulo) mostra que quanto mais cedo se começa a beber, maiores as chances de se tornar dependente.

Na opinião de Arthur Guerra, presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, não há evidências científicas sólidas de que a propaganda esteja induzindo os jovens a beberem mais ou precocemente. "A propaganda de bebida usa pessoas jovens e bonitas assim como a de sabonete e a de sandálias Havaianas. O jovem vai beber com ou sem propaganda. "É claro que ela influencia, mas creio que a decisão de beber não esteja ligada à propagada."

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Presente de Um Usuário de Crack

Aprisionado. É assim que se sente um coração que tem tanto para dar, e nada de bom à receber. Quando alguém se perde e não acha a saída, vê que não há mais nada a perder, afinal, de qualquer jeito o caminho é impossível, ou difícil demais para ser alcançado. Mas fazer o bem quando não há nada para receber é atitude de um coração nobre e puro, por menor que seja . Ontem (21), às 20:45, eu vi um desses corações cativos, e ver esse lado nobre de alguém que vive como a escória, foi uma antítese guardada em um gesto. Indiferente ao movimento de pessoas e carros que naquele horário passavam pela Avenida Brasil, um usuário de crack, de nome não revelado mostrou como uma doença , que é o vício, pode comprometer uma vida inteira, um futuro que poderia ter um rumo diferente.

Em agradecimento à batalha que tenho travado há muito tempo contra as drogas, um singelo presente veio como um abraço triste, um desabafo, um "muito obrigado", de alguém que há muito tempo não sabe o que é viver dignamente, o que parece ser seu sonho. Eu recebi desse rapaz, um carrinho, sujo de barro, tão simples como ele e o que seu olhar feliz demonstrava ao me dar o brinquedo.

Se existir apenas uma chance de salvar alguém que está caindo, que seja salvo por uma ponta sequer, pois talvez ele mesmo tenha se levado pra esse caminho, mas se há vontade de subir novamente, e respirar , não devemos privar o direito de alguém que deseja novamente ter sonhos, e não pesadelos. Sonhos estes, que começam a se realizar em um pequeno gesto, assim como fez esse rapaz que em alguns minutos abriu seu coração , podem se realizar. Sonhar como qualquer outro pode ser um enorme presente, um tão grande quanto aquele que recebi ontem.

Com certeza, este jovem é mais uma vítima do terrível tráfico de drogas que se alimenta da fraqueza, das dificuldades, das decepções de pessoas e familiares que buscam nas drogas um falso refúgio.

Consultórios de rua serão instalados para conter uso de drogas




Uma das ações para a prevenção ao uso de drogas e atenção ao usuário e seus familiares, é a reinstalação dos consultórios de rua. O projeto dos consultórios de rua foi desenvolvido há sete anos pelo psiquiatra baiano Antonio Nery, mas, por falta de recursos, não foi possível dar continuidade. Através de uma parceria com a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos humanos (SJCDH) serão reinstalados em Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari e Simões Filho, os primeiros quatro municípios baianos contemplados pelo Programa Federal Ações Integradas da Prevenção ao Uso de Drogas e Violência".

"Os consultórios de rua atendem crianças e jovens na rua, não com intenção de salvá-los, e sim com intuito de levá-los a experimentar coisas novas e mostrar alternativas, conversando com eles onde eles vivem e ouvindo-os em sua dor" - esclareceu o psiquiatra Antônio Nery.

"Drogas degradam o ser humano. Não há preço que pague a imagem de uma mãe vendo o filho em um estado do qual ela nunca imaginou que poderia ver. É incrível como tudo muda, não existem mais valores, mais vergonha, mais alegria, é só viver o vício".

Para integrarem os consultórios de rua, equipes dos municípios que participam do Programa serão capacitadas através de conhecimentos teóricos, práticos e vivenciais para a realização de intervenções interdisciplinares preventivas e diretas ao uso de drogas lícitas e ilícitas e a outros comportamentos de risco. Além disso, serão realizadas ações de promoção, prevenção e redução de riscos e danos à saúde de, crianças, adolescentes e jovens em situação de rua.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Polícia desmonta disque-drogas que funcionava em Curitiba e Colombo


Policiais da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) - Núcleo da Capital - desarticularam na manhã desta terça-feira (05) uma quadrilha que operava um disque-drogas para abastecer viciados em Curitiba, Região Metropolitana e no litoral. Dos 11 membros do grupo, quatro foram presos durante a operação, um assinou termo circunstanciado e foi liberado, três já estavam presos e outros três estão foragidos.

Segundo o delegado adjunto da Denarc, Renato Bastos Figueiroa, o trabalho é a continuação de uma investigação iniciada em novembro do ano passado quando três membros da quadrilha responsáveis pelo disque-drogas já tinham sido presos em uma outra operação.

A distribuição dos entorpecentes era combinada por telefone. “Eles faziam em média 30 entregas por dia. Com o movimento no litoral, começaram a se preparar para atender os viciados nas praias” explicou.

A partir das evidências levantadas pela polícia, a Justiça emitiu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, cumpridos em Curitiba e Colombo na Região Metropolitana. Nos locais foram apreendidas, 210 buchas de cocaína, R$ 5.380, uma balança de precisão, apetrechos para confeccionar buchas, um caderno de anotações e um revólver calibre 38 com numeração lixada.

Foram presos Robson Diogo Campos, 28, e os irmãos, Wagner Michel Rodrigo da Cruz, 27 anos, Wellington Carlos da Cruz, 19, e Willian Daniel da Cruz, 23 anos. Todos juntamente com Wagner Henrique Eisenbert, 24, Claudair Rogério Somera, 34, e Adriana Moser que já estavam presos, foram indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e formação de quadrilha. Uma outra integrante apanhada com um cigarro de maconha assinou Termo Circunstanciado e liberada.

Continuam foragidos Débora Maria Ferreira, 32, Valdir Veloso Curvelo Filho, 26, e Viviane Maria Kmiecik, 31. As investigações continuam para localizar os foragidos e levantar a origem da droga que era distribuída pela quadrilha. “Com estas prisões atingimos fortemente o tráfico de drogas na capital. Este disk drogas acabou” afirmou o delegado



A denúncia talvez seja a maior arma que pode ser usado contra as drogas, e o melhor é que não apenas policiais ou autoridades podem agir, a denúncia é democrática, qualquer um pode ligar e exercer seu papel de cidadão. À qualquer movimento suspeito em seu bairro ou próximo de onde você está, ligue e denuncie, você tem o poder de mudar este quadro!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Traficante - Inimigo à ser Denunciado/Derrotado



É o tipo mais perigoso que existe, entre os indivíduos ligados às drogas. Através de sua atuação, o vício difunde-se, deteriorando o organismo e despersonalizando a pessoa. Tanto o plantio, como a importação, exportação e comércio das substâncias tóxicas, nada mais são facetas do tráfico de entorpecentes. O ponto básico de toda a degradação moral e social dos toxicômanos, nada mais é do que o próprio traficante.
Enriquecem à custa das vicissitudes alheias, exploram a miséria e vivem sobre a degradação moral daqueles que imploram a manutenção do vício. Vão ao ponto de não permitir uma recuperação de quem quer que seja, indo da perseguição até às últimas consequências. Seu campo de ação vai desde os portões de colégios, às praças públicas, portas de prisões, etc., sempre à espreita de uma nova vítima. O traficante é um indivíduo frio, calculista, inteligente, ardiloso e insinuante, capaz de perceber o ambiente propício para sua investida e a predisposição psíquica de sua nova vítima.


Chega, às vezes, introduzir a droga sem fazer referência a ela, simplesmente ministrando-a como tratamento para um mal-estar da vítima, provocando, de conformidade com a natureza do entorpecente, o inicío de uma dependência física e/ou psíquica. Encontrar um traficante, é uma tarefa árdua. Conseguem um perfeito sistema de proteção, com um serviço de informação, que faz inveja a própria polícia, na maioria das vezes com a participação de menores. O traficante dificilmente entregará a "muamba" diretamente ao dependente. Sempre age indiretamente, daí a dificuldade do flagrante e da prisão. Geralmente o traficante deixa a droga em local pré-estabelecido, que tanto pode ser uma carrocinha de sorvete, refrigerante, ou doce, como pode ser uma reentrância em um muro de edifício, ou simplesmente um ponto determinado nas areias de uma praia. Exterminado o traficante, estaremos nos aproximando do ponto final de uma longa e irreparável escala de tóxicos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Crack, nem pensar



O crack, droga de uso recreativo, sendo composto por pasta básica de cocaína misturada com bicarbonato de sódio, vem chegado de forma silenciosa até mesmo nas pequenas cidades brasileiras. Silenciosa, em razão de grande parte da população não ter noção do se crescimentos, efeitos e de seu vínculo direto com uma enorme quantidade de crimes.

Um dos maiores empecílhos ao combate a qualquer problema é a falta de conhecimento, e os prejuízos decorrentes do uso de crack não se furtam à essa realidade, haja visto que , de maneira geral, as pessoas que não conhecem de maneira precisa, a composição, mecanismos e efeitos que facilitam o vício imediato por parte dos usuários entre outras.

Como não há pesquisas sérias em cidades pequenas, sobre o uso de crack e seu crescimento vertiginoso, sobretudo entre os jovens, cria-se uma crença que uma droga tão poderosa como essa só existe nos grandes centros e áreas de movimentação do tráfico. Percebe-se então que as estratégias de conscientização, tratamento e prevenção acerca dos malefícios do crack, precisam estar, sem dúvida à um mapeamento de consumo, logística e principal público-alvo dessa droga.

É mais do que parece ser. A grande maioria das pessoas só vê o crack como uma droga que traz, unica e exclusivamente como malefício, o próprio vício do usuário, não percebendo que é uma questão muito mais abrangente. Prostituição, assassinatos, estupros, pequenos furtos, não ocorrem apenas devido aos fatos sociais que vemos hoje, um pobre passando fome, e um rico andando em um carro de luxo na mesma rua. O vício do crack também leva essas pessoas a fazer com que cometam esses crimes.

O foco sempre deve ser dado ao que é mais impactante e, no caso, preocupante, que é o crack. Mas não esquecendo das outras drogas que destroem famílias, que tiram a paz de pais de família e mães. É preciso combater de todas as maneiras este mal. Não é preciso grande esforço, muito pelo contrário. Onde quer que você more, se ver alguma movimentação estranha, ou conhecer alguém que sofra com isso, e que sabe de alguma coisa, Ligue , Denuncie. O número da polícia Federal é 3224-5152, ou sua denúncia pode ser feita pelo disk narcotráfico também, o 181.

                                         http://www.antidrogas.com.br/narcotrafico.php

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Vício É

Ser viciado pode ser um problema, na maioria das vezes, não apenas para quem o é, mas também para aqueles que convivem com ele. Ao ouvirmos a palavra viciado, logo vem a imagem da pessoa que utiliza drogas de modo abusivo, principalmente as ilícitas.


Mas o vício pode se apresentar de diferentes modos. Vejam-se a pessoa que não consegue deixar de trabalhar e só a idéia de ter férias já a torna ansiosa. Ela tudo fará para não ficar o mês todo longe do trabalho e vender parte de seu direito de descanso é algo já esperado por ela. Apenas aqueles que convivem mais proximamente dessas pessoas conseguem perceber que algo não está bem com ela, afinal, as férias são essenciais para a preservação da saúde de quem trabalha.

Outro tipo de vício muito comum é relacionado a jogos. Não importa o tipo de jogo, mas o fato de ela não conseguir distrair-se, sem que o jogo esteja presente. É aquele indivíduo que joga sistematicamente na loteria, em corridas, cartas ou em qualquer outro tipo de jogo de azar.

Diferentemente daqueles que são viciados em trabalho e, por isso, tendem a ganhar mais, os viciados em jogos gastam até mesmo o que não possuem. Esse vício, certamente, trará problemas a todos que convivem com o jogador contumaz. Famílias podem perder tudo que possuem caso o jogador não seja impedido eficazmente.

Outra modalidade de vício é relacionada às pessoas que não conseguem viver sem outra, que julgam amar. A solidão é simplesmente insuportável para elas e, mesmo que estejam infelizes, frustradas e magoadas não conseguem sair da relação de dependência na qual entraram.
Dificilmente um vício é algo positivo, apesar de ele produzir prazer em quem o experimenta, visto que ele também pode levar a situações inimagináveis e perniciosas.
Saber perceber o momento para não ser escravo de um vício é fundamental para se viver bem.



quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Paraná é Líder no Ranking de Apreensão de Drogas.


O superintendente da Polícia Federal no Paraná, Jaber Saadi, anunciou ontem, durante a reunião da “Operação Mãos Limpas”, que as apreensões de drogas no Paraná bateram o recorde nacional em 2005. Segundo ele, no Paraná foram apreendidas cerca de 70 toneladas de drogas no ano passado.
Jaber Saadi (à direita) valorizou a parceria com a Sesp.
Superamos o MS, que era o recordista no número de apreensões nos últimos anos. Em 2005, aquele estado apreendeu uma média de 60 toneladas de drogas, enquanto nós apreendemos 70 toneladas. Esse bom resultado foi possível graças ao apoio da Secretaria da Segurança”, disse o superintendente.
Para ele, a parceria com as Polícias Civil e Militar possibilitou o maior número de apreensões. “Fizemos operações na fronteira do Paraná com o Paraguai e a Argentina, que nos trouxeram ótimos resultados, graças a esta parceria também”, confirmou. Entre as drogas mais apreendidas estão a cocaína, a maconha e o lança-perfume.
Ele relembrou que uma das operações que mais surtiram resultado foi a operação “Fronteira Segura e Blindada”, em dezembro. “Nessa operação, que contou com o apoio da Secretaria da Segurança, o objetivo foi que os países tivessem uma ligação segura, para evitarmos não só o contrabando, mas a criminalidade que vem com o tráfico de drogas”, justificou.
Narcodenúncia
O sistema de Narcodenúncia 181 também contribuiu este ano para o aumento das apreensões de drogas. Com este sistema, as pessoas ligam gratuitamente para o número 181 para fazer denúncias e a Polícia
Federal, a Civil, ou a Militar atendem ao chamado. “Tivemos uma grande contribuição da população para as apreensões e os resultados foram bons também graças a isso”, disse o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari. A pessoa que faz a denúncia para o 181 tem sua identidade preservada.
A apreensão de maconha evoluiu de 60 toneladas em 2004, para 101 toneladas apreendidas em 2005. Já a apreensão de cocaína foi de 438 quilos em 2004, para 796 quilos em 2005. A apreensão de crack mais que dobrou, passando de 118 mil pedras em 2004, para 316 mil pedras em 2005.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Crack é a causa do abandono de 80% das crianças do Teia

O crack é responsável por cerca de 80% das crianças abandonadas pelos pais e que hoje estão abrigadas no programa Trabalho de Emancipação pela Infância e Adolescência (Teia), de Rio Preto, o que corresponde a cerca de 130 menores. Parte deles já foi encaminhada para adoção.

O percentual é uma estimativa do promotor da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Cláudio Santos de Moraes, responsável por requerer à Justiça a retirada dos filhos da guarda dos pais. Nos últimos dois anos, por determinação do juiz da Vara da Infância e da Juventude, o Teia acolheu 168 crianças e adolescentes que viviam em situação de risco dentro de suas próprias casas.

“A dependência está na base da maioria das situações que envolvem negligência de crianças”, diz. Segundo ele, embora haja outros fatores que contribuem para o abandono, o crack é o principal responsável. “Ele está por trás de tudo. Os dependentes abandonam tudo, ficam só na droga”, diz o promotor.

“O problema está crescendo e se tornando cada dia mais grave”, afirma Maria do Carmo Gardin, coordenadora do Teia. Segundo uma assistente social do setor técnico da Vara da Infância e Juventude, às vezes é preciso apoio policial para retirar as crianças de suas casas devido ao envolvimento dos pais com o tráfico.

Outros fatores acompanham a dependência dos pais e a necessidade de acolher os menores. “A droga nunca está sozinha. Há também o álcool e um complexo sistema econômico, social e cultural que influencia no acolhimento da criança”, diz Janaína Simão, coordenadora da Divisão e Proteção Social Especial da Secretaria de Assistência Social, que engloba o Teia.

Hoje, 56 crianças vivem em uma das sete casas-lares de Rio Preto. Cerca de 20 têm possibilidades remotas de retornarem ao lar. O vício no crack afastou a jovem M., 20 anos, do filho C., de apenas 9 meses. Ele foi a primeira criança abrigada este ano em Rio Preto. M. é dependente da droga desde os 17 anos. Ela ficou internada na Fundação Casa entre 2007 e 2008, se afastou do vício, mas recaiu. “Não é fácil deixar a droga de uma hora para outra.

Tenho tentado, mas é difícil”, diz. A criança foi recolhida após M. fugir da Santa Casa com o filho, no dia 31 de dezembro de 2009. O bebê estava internado com pneumonia. Ela teria deixado o menino com a madrinha, que avisou o Conselho Tutelar. M. diz sofrer com a ausência da criança. “Acham que joguei meu filho no lixo. Mas não é isso”, diz a jovem entre lágrimas. “Sei que ele vai voltar quando eu parar.” A avó da jovem, de 62 anos, afirma ter condições de cuidar do menino. “Eu não consigo viver sem ele.”

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Família paranaense luta para manter filha adolescente longe das drogas


As difíceis condições de vida não impedem que uma família lute para tirar a filha do mundo das drogas e da marginalidade. A rotina de um casal de moradores da vila Comtel inclui a procura da filha por bocas-de-fumo, registros de boletins de ocorrência e idas ao Fórum e Conselho Tutelar. A menina de 15 anos passou a usar drogas em julho do ano passado. Largou a escola na 5ª série e passa dias fora de casa sem dar qualquer satisfação. Com pesar, a mãe tem certeza que a filha se prostitui para manter o vício, apesar do corpo franzino e da aparência frágil. "Já fui ameaçada por traficantes e temo pelos meus filhos menores", diz ao lembrar do mais recente resgate da menina em uma boca-de-fumo. "Ela não precisa disso", afirma, apesar da precariedade do casebre de madeira onde a família vive.

Depois de adotar medidas extremas como acorrentá-la, a solução encontrada pela família foi dar tranquilizantes para mantê-la em casa. "Assim ela não fica violenta", justifica. A mãe lembra que antes a adolescente era calma e confiável para deixar os irmãos sob seus cuidados. "Hoje não posso mais deixar sozinha com os pequenos", diz. O casal tem sete filhos pequenos. Como não conseguiu creche, a mãe não pode trabalhar. Além disso, uma das crianças tem intolerância à lactose, e só se alimenta com leite especial entregue pelo Estado. 



Conselho Tutelar não trata o caso como dependência química

O Conselho Tutelar da Microrregião 2 não trata o caso como dependência química e sim como uma adolescente em situação de rua, devido às constantes fugas. "Ela não é usuária de drogas", garantea conselheira Carla Dorneles.

A conselheira diz que a família tem sido negligente com a menina e isso seria a causa das constantes fugas de casa. "Estamos aguardando a determinação judicial para abrigá-la", acrescenta.

Segundo Carla, a jovem tem alguns problemas psiquiátricos, mas a família não tem este entendimento. "É uma situação complicada, mas eles não têm nos ajudado informando quando ela retorna", afirma. 



As dificuldades tanto para o viciado, quanto para a família são enormes. Preocupação, angústia, tristeza, são os sentimentos diários de pessoas que rodeiam um drogado. É necessário que se faça uma política de abolição às drogas e qualquer tipo de voto favorável ao seu uso. Milhares de casos como este acontecem no Brasil, precisamos ajudar, ligar para as entidades cabíveis, precisamos dar o cartão vermelho para as drogas.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

"NUNCA, use drogas, porque elas consomem você!" - Depoimento

Carlos Eduardo - 23 é um cidadão cascavelense que, só pôde possuir este título depois de uma dura batalha em sua vida, a luta contra o vício. Com o semblante ainda carregando traços de alguém que já sofreu pelos problemas que as drogas trazem. "Comecei com 16 anos apenas como a maioria, sempre com as drogas chamadas "portas", álcool e maconha. No início é tudo muito fácil, muito divertido e não tem com o que se preocupar, é só sentir o que a droga te proporciona, seja com os amigos, ou sozinho. Aí você começa a ver que aquilo que era só um elemento a mais, uma diversão adicional na sua vida, começa a se tornar sua única diversão, seu estilo de vida." - Afirma Carlos, que prefere ser chamado assim, pois em seu passado chamavam de Eduardo , passado este que ele quer apagar de sua vida e memória.

"Quando a gente se envolve nesse meio, a gente também escolhe se envolver apenas com pessoas que estão também viciados , e lenta ou rapidamente vão se perdendo, e infelizmente, a maioria não tem a mesma sorte que eu tive. Se eu tenho fé em Deus, é porque sei que estou vivo graças à Ele. Grande parte deles chegam ao fundo do poço, e quando você chega lá, não saída à não ser subir ou afundar, e é muito mais difícil sair de lá."

Carlos já foi internado diversas vezes e teve 2 recaídas, e com elas , veio a experiência e a lição. "Quando se usa drogas, o vício e sua vida se tornam como uma vela. Depois que você larga o vício, a vela se apaga. Mas se você volta, a vela não volta desde o início , e sim de onde parou, que é muito mais rápido para chegar ao seu fim"

 "Senti que o fim estava próximo quando comecei com o crack. É uma verdadeira desgraça, pois desde a primeira vez que usa, se torna viciante, e aí que começa todo o ciclo de angústia e dor e não é um caminho que se pode dar meia volta, depois que entra, é instantâneo, incrível, você já está dependente!Hoje, graças à Deus, fui acolhido em casa novamente, e agora tenho no mínimo paz de espírito para recomeçar do zero."

"Você pode passar pela tormenta, qualquer tipo, se você  acreditar e quiser, mas tem tormentas que você não precisa enfrentar. NUNCA, absolutamente NUNCA, use drogas, porque elas consomem você!"

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Álcool na adolescência


Aprovado em caráter terminativo pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o projeto de lei prevendo detenção de seis meses a quatro anos a comerciantes que forem condenados pela Justiça por venda de bebida alcoólica a menores de 18 anos depende agora da apreciação dos deputados federais para entrar em vigor. O objetivo da lei só terá condições de ser alcançado se houver fiscalização adequada e, principalmente, se for reforçado por campanhas em favor de uma mudança cultural dirigida principalmente aos pais. Por se constituir em droga lícita, o álcool costuma ser tolerado no âmbito familiar, o que é um equívoco.

De maneira unânime, especialistas têm alertado para que o consumo precoce de bebida alcoólica, além do risco de levar à dependência e a outras drogas, pode provocar danos físicos, inclusive cerebrais. Por isso, o inciso 2 do Artigo 81 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preocupou-se em proibir explicitamente a venda de bebidas alcoólicas a menores de idade. A determinação, porém, é desrespeitada flagrantemente em todo o país, por falta de fiscalização, de punição rígida e também de disposição do comércio em cumprir esse preceito legal à risca.

Se as punições mais rigorosas e a exigência de alertas nos rótulos não forem sustentadas por um aumento permanente da fiscalização, é difícil imaginar que o projeto possa garantir algum avanço. O problema preocupa ainda mais pelo fato de até mesmo em festas realizadas em casa, na presença dos pais, os jovens se darem à liberdade de beber, às vezes estimulados pelos adultos.

O consumo de drogas lícitas e ilícitas entre crianças e adolescentes é um problema de saúde pública e também cultural, além de muitas vezes implicar prejuízos no rendimento educacional ou profissional. Por isso, precisa ser combatido sem moralismo, com ênfase em campanhas preventivas, que envolvam também os pais, mas ancoradas em punições rígidas para reduzir as margens de burla à lei fora do lar.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

1 cigarro = 15 genes atingidos


Os cientistas do Wellcome Trust conseguiram completar a sequência genética de dois tipos de cancro, o da pele e o do pulmão, revelou ontem, ao fim do dia, a revista Nature. É um dia que vai ficar para a História, se tivermos em conta que traz consigo a esperança de prevenção, tratamento e cura de duas doenças que matam, todos os anos, mais de 250 mil pessoas, e provocam um sofrimento insuportável a milhares de outras.

A partir destes mapas, os investigadores vão agora descobrir como podem diagnosticar as mutações ocorridas num momento muito precoce, e também como atacá-las de imediato com medicamentos mísseis, que cheguem directamente às celulas doentes em lugar de destruírem as boas e as más como acontece com a químio e a radioterapia tradicionais. Mais importante, confirmaram as suspeitas de que tanto o cancro da pele, como o do pulmão são causados, na maior parte dos casos, pela exposição ao sol, no melanoma, e pelo tabaco, no do pulmão. Ou seja, perfeitamente evitáveis, com mudanças de comportamento óbvias e relativamente fáceis. Peter Campbell, que conduziu o estudo, é peremptório: cada cigarro fumado provoca 15 mutações de ADN e um maço de tabaco é, só por si, uma roleta russa. Muitas das mutações ocorridas vão acontecer em partes do genoma que não estão implicadas no desencadear do processo canceroso, mas de vez em quando acertarão num gene que provoca o cancro, explica.

O código de ADN do cancro do pulmão contém mais de 23 mil erros, provocados pela exposição ao fumo do tabaco. Fica uma nota de esperança: deixando de fumar, com o tempo, as células com mutações vão sendo substituídas por outras saudáveis. Quanto ao ADN do cancro da pele, regista 30 mil erros, a maioria causada por tempo de mais ao sol - convenhamos que um factor fácil de controlar.

Cérebro, e não o fígado, é o órgão mais atingido pelo álcool


Embora a maioria das pessoas aponte o fígado como a principal vítima da bebida, é o cérebro quem mais sofre com o excesso de álcool. "Entre 50% e 70% dos alcoólatras apresentam problemas no sistema nervoso. No fígado, são 30%", afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Unifesp. Leia abaixo os principais efeitos.

No cérebro: o álcool age diretamente nas células cerebrais, provocando diminuição na memória, capacidade de raciocínio complexo e no julgamento de situações. Apesar de boa parte dos estragos desaparecer após semanas de abstinência, 10% dos alcoólatras têm danos irreversíveis e correm o risco de sofrer demência alcoólica. A bebida também provoca danos ao hipocampo, região ligada ao aprendizado e à memória. No Brasil, um estudo da atividade elétrica cerebral coordenado pelo neurocirurgião Roberto Augusto Campos, da Unifesp, mostra que o funcionamento do cérebro fica prejudicado de maneira crônica pelo uso do álcool. Após verificar como os cérebros de 32 alcoólatras de 30 a 50 anos que bebiam 1,5 litros de aguardente por dia respondiam a estímulos auditivos, a equipe se surpreendeu com a intensidade dos danos. "Em 70% dos casos não detectamos nenhum tipo de resposta cerebral ao estímulo", conta Campos.

No fígado: os principais males causados pelo álcool nesse órgão são fígado gorduroso (o paciente fica com a pele e as mucosas amareladas porque o álcool gera um depósito de gordura nas células hepáticas), hepatite alcoólica (a toxicidade do álcool mata as células hepáticas, e os sintomas mais comuns são aumento do fígado e dor abdominal) e cirrose (fase terminal do alcoolismo, em que o fígado se enche de cicatrizes por causa da morte das células e tem sua função muito reduzida). Outra doença gastrointestinal comum é a pancreatite crônica (75% dos portadores desse mal abusam do álcool). O sintoma mais comum é uma dor abdominal, que se irradia para as costas, não é aliviada por antiácidos e dura vários dias. O paciente perde peso e pode se tornar diabético.

No coração: beber em excesso pode resultar em cardiomiopatia alcoólica, uma infiltração gordurosa no músculo cardíaco que dilata o coração e diminui sua capacidade de impulsionar sangue. Hipertensão, trombose, infartos e arritmias cardíacas também podem ser detonados pelo abuso do álcool.

Na esteira da venda de crack, vêm outros crimes, como roubos e furtos

O tenente Jerônimo Araújo, da Comunicação Social da Polícia Militar do Distrito Federal, admitiu dificuldades no combate à escalada do crack  no pais. Segundo ele, porém, as variáveis que tornam propício o tráfico de drogas na região e na capital do país são mais sociais do que de segurança pública. “O policiamento ostensivo está equilibrado entre a Asa Sul e a Asa Norte. É proporcional. Historicamente, no entanto, a Asa Norte sempre teve mais pontos de tráfico. Desde 1970 há pontos de prostituição, o que também atrai a venda de entorpecentes”, explicou.


Araújo disse ainda que a localização da Asa Norte contribuiu para a proliferação de traficantes e usuários das mais diversas drogas. “O bairro fica próximo ao Varjão do Torto, que recebe muita droga da Bahia, do Nordeste. São fatores como esses que contribuem para o maior número de pontos de tráfico, que sempre houve no fim da Asa Norte”, afirmou o tenente. As operações da Polícia Militar do DF se espalham pelo país. Houve intensificação no último mês.


Para o delegado-adjunto da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Rogério Borges Cunha, a pulverização do tráfico de crack dificulta as estratégias de combate. Além de as pedras serem de fácil manuseio, os craqueiros mudam de local de atuação a cada ação policial. “A gente atua em um determinado lugar e eles logo vão para outros. Os clientes contam com a mesma facilidade e descobrem rápido os novos pontos”, revelou Cunha. A Polícia Civil ataca o comércio de crack não só com as delegacias locais. A Coordenação de Repressão às Drogas investiga os traficantes de grande porte.