sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Família paranaense luta para manter filha adolescente longe das drogas


As difíceis condições de vida não impedem que uma família lute para tirar a filha do mundo das drogas e da marginalidade. A rotina de um casal de moradores da vila Comtel inclui a procura da filha por bocas-de-fumo, registros de boletins de ocorrência e idas ao Fórum e Conselho Tutelar. A menina de 15 anos passou a usar drogas em julho do ano passado. Largou a escola na 5ª série e passa dias fora de casa sem dar qualquer satisfação. Com pesar, a mãe tem certeza que a filha se prostitui para manter o vício, apesar do corpo franzino e da aparência frágil. "Já fui ameaçada por traficantes e temo pelos meus filhos menores", diz ao lembrar do mais recente resgate da menina em uma boca-de-fumo. "Ela não precisa disso", afirma, apesar da precariedade do casebre de madeira onde a família vive.

Depois de adotar medidas extremas como acorrentá-la, a solução encontrada pela família foi dar tranquilizantes para mantê-la em casa. "Assim ela não fica violenta", justifica. A mãe lembra que antes a adolescente era calma e confiável para deixar os irmãos sob seus cuidados. "Hoje não posso mais deixar sozinha com os pequenos", diz. O casal tem sete filhos pequenos. Como não conseguiu creche, a mãe não pode trabalhar. Além disso, uma das crianças tem intolerância à lactose, e só se alimenta com leite especial entregue pelo Estado. 



Conselho Tutelar não trata o caso como dependência química

O Conselho Tutelar da Microrregião 2 não trata o caso como dependência química e sim como uma adolescente em situação de rua, devido às constantes fugas. "Ela não é usuária de drogas", garantea conselheira Carla Dorneles.

A conselheira diz que a família tem sido negligente com a menina e isso seria a causa das constantes fugas de casa. "Estamos aguardando a determinação judicial para abrigá-la", acrescenta.

Segundo Carla, a jovem tem alguns problemas psiquiátricos, mas a família não tem este entendimento. "É uma situação complicada, mas eles não têm nos ajudado informando quando ela retorna", afirma. 



As dificuldades tanto para o viciado, quanto para a família são enormes. Preocupação, angústia, tristeza, são os sentimentos diários de pessoas que rodeiam um drogado. É necessário que se faça uma política de abolição às drogas e qualquer tipo de voto favorável ao seu uso. Milhares de casos como este acontecem no Brasil, precisamos ajudar, ligar para as entidades cabíveis, precisamos dar o cartão vermelho para as drogas.

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