segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Na esteira da venda de crack, vêm outros crimes, como roubos e furtos

O tenente Jerônimo Araújo, da Comunicação Social da Polícia Militar do Distrito Federal, admitiu dificuldades no combate à escalada do crack  no pais. Segundo ele, porém, as variáveis que tornam propício o tráfico de drogas na região e na capital do país são mais sociais do que de segurança pública. “O policiamento ostensivo está equilibrado entre a Asa Sul e a Asa Norte. É proporcional. Historicamente, no entanto, a Asa Norte sempre teve mais pontos de tráfico. Desde 1970 há pontos de prostituição, o que também atrai a venda de entorpecentes”, explicou.


Araújo disse ainda que a localização da Asa Norte contribuiu para a proliferação de traficantes e usuários das mais diversas drogas. “O bairro fica próximo ao Varjão do Torto, que recebe muita droga da Bahia, do Nordeste. São fatores como esses que contribuem para o maior número de pontos de tráfico, que sempre houve no fim da Asa Norte”, afirmou o tenente. As operações da Polícia Militar do DF se espalham pelo país. Houve intensificação no último mês.


Para o delegado-adjunto da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Rogério Borges Cunha, a pulverização do tráfico de crack dificulta as estratégias de combate. Além de as pedras serem de fácil manuseio, os craqueiros mudam de local de atuação a cada ação policial. “A gente atua em um determinado lugar e eles logo vão para outros. Os clientes contam com a mesma facilidade e descobrem rápido os novos pontos”, revelou Cunha. A Polícia Civil ataca o comércio de crack não só com as delegacias locais. A Coordenação de Repressão às Drogas investiga os traficantes de grande porte.

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