O crack é responsável por cerca de 80% das crianças abandonadas pelos pais e que hoje estão abrigadas no programa Trabalho de Emancipação pela Infância e Adolescência (Teia), de Rio Preto, o que corresponde a cerca de 130 menores. Parte deles já foi encaminhada para adoção.
O percentual é uma estimativa do promotor da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Cláudio Santos de Moraes, responsável por requerer à Justiça a retirada dos filhos da guarda dos pais. Nos últimos dois anos, por determinação do juiz da Vara da Infância e da Juventude, o Teia acolheu 168 crianças e adolescentes que viviam em situação de risco dentro de suas próprias casas.
“A dependência está na base da maioria das situações que envolvem negligência de crianças”, diz. Segundo ele, embora haja outros fatores que contribuem para o abandono, o crack é o principal responsável. “Ele está por trás de tudo. Os dependentes abandonam tudo, ficam só na droga”, diz o promotor.
“O problema está crescendo e se tornando cada dia mais grave”, afirma Maria do Carmo Gardin, coordenadora do Teia. Segundo uma assistente social do setor técnico da Vara da Infância e Juventude, às vezes é preciso apoio policial para retirar as crianças de suas casas devido ao envolvimento dos pais com o tráfico.
Outros fatores acompanham a dependência dos pais e a necessidade de acolher os menores. “A droga nunca está sozinha. Há também o álcool e um complexo sistema econômico, social e cultural que influencia no acolhimento da criança”, diz Janaína Simão, coordenadora da Divisão e Proteção Social Especial da Secretaria de Assistência Social, que engloba o Teia.
Hoje, 56 crianças vivem em uma das sete casas-lares de Rio Preto. Cerca de 20 têm possibilidades remotas de retornarem ao lar. O vício no crack afastou a jovem M., 20 anos, do filho C., de apenas 9 meses. Ele foi a primeira criança abrigada este ano em Rio Preto. M. é dependente da droga desde os 17 anos. Ela ficou internada na Fundação Casa entre 2007 e 2008, se afastou do vício, mas recaiu. “Não é fácil deixar a droga de uma hora para outra.
Tenho tentado, mas é difícil”, diz. A criança foi recolhida após M. fugir da Santa Casa com o filho, no dia 31 de dezembro de 2009. O bebê estava internado com pneumonia. Ela teria deixado o menino com a madrinha, que avisou o Conselho Tutelar. M. diz sofrer com a ausência da criança. “Acham que joguei meu filho no lixo. Mas não é isso”, diz a jovem entre lágrimas. “Sei que ele vai voltar quando eu parar.” A avó da jovem, de 62 anos, afirma ter condições de cuidar do menino. “Eu não consigo viver sem ele.”
O percentual é uma estimativa do promotor da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Cláudio Santos de Moraes, responsável por requerer à Justiça a retirada dos filhos da guarda dos pais. Nos últimos dois anos, por determinação do juiz da Vara da Infância e da Juventude, o Teia acolheu 168 crianças e adolescentes que viviam em situação de risco dentro de suas próprias casas.
“A dependência está na base da maioria das situações que envolvem negligência de crianças”, diz. Segundo ele, embora haja outros fatores que contribuem para o abandono, o crack é o principal responsável. “Ele está por trás de tudo. Os dependentes abandonam tudo, ficam só na droga”, diz o promotor.
“O problema está crescendo e se tornando cada dia mais grave”, afirma Maria do Carmo Gardin, coordenadora do Teia. Segundo uma assistente social do setor técnico da Vara da Infância e Juventude, às vezes é preciso apoio policial para retirar as crianças de suas casas devido ao envolvimento dos pais com o tráfico.
Outros fatores acompanham a dependência dos pais e a necessidade de acolher os menores. “A droga nunca está sozinha. Há também o álcool e um complexo sistema econômico, social e cultural que influencia no acolhimento da criança”, diz Janaína Simão, coordenadora da Divisão e Proteção Social Especial da Secretaria de Assistência Social, que engloba o Teia.
Hoje, 56 crianças vivem em uma das sete casas-lares de Rio Preto. Cerca de 20 têm possibilidades remotas de retornarem ao lar. O vício no crack afastou a jovem M., 20 anos, do filho C., de apenas 9 meses. Ele foi a primeira criança abrigada este ano em Rio Preto. M. é dependente da droga desde os 17 anos. Ela ficou internada na Fundação Casa entre 2007 e 2008, se afastou do vício, mas recaiu. “Não é fácil deixar a droga de uma hora para outra.
Tenho tentado, mas é difícil”, diz. A criança foi recolhida após M. fugir da Santa Casa com o filho, no dia 31 de dezembro de 2009. O bebê estava internado com pneumonia. Ela teria deixado o menino com a madrinha, que avisou o Conselho Tutelar. M. diz sofrer com a ausência da criança. “Acham que joguei meu filho no lixo. Mas não é isso”, diz a jovem entre lágrimas. “Sei que ele vai voltar quando eu parar.” A avó da jovem, de 62 anos, afirma ter condições de cuidar do menino. “Eu não consigo viver sem ele.”
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