Em resposta aos desafios impostos a toda nação brasileira frente ao fenômeno do uso de crack, o governo federal lançou nesta quinta-feira (20) o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. Os investimentos previstos em ações de saúde, assistência e repressão ao tráfico são de R$ 400 milhões em 2010.
O decreto que institui o plano foi assinado pelo presidente Lula nesta quinta-feira (20/5), durante a 13ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, e tem por objetivo coordenar as ações federais de prevenção, tratamento, reinserção social do usuário do crack e outras drogas, bem como enfrentar o tráfico, em parceria com estados, municípios e sociedade civil.
O plano é composto de ações de aplicação imediata e ações estruturantes. Dentre as ações imediatas destacam-se aquelas voltadas para o enfrentamento ao trafico da droga em todo o território nacional, principalmente nos municípios localizados em região de fronteira e a realização de uma campanha permanente de mobilização nacional para engajamento ao plano.
As ações estruturantes organizam-se em torno de quatro eixos: integração de ações de prevenção, tratamento e reinserção social; diagnóstico da situação sobre o consumo do crack e suas consequências; campanha permanente de mobilização, informação e orientação; e formação de recursos humanos e desenvolvimento de metodologias.
AÇÕES IMEDIATAS
1. Enfrentamento ao Tráfico: ampliação de operações especiais voltadas ao desmantelamento da rede de narcotráfico com ênfase nas regiões de fronteiras pelas Polícias Federal e Rodoviária Federal, em articulação com as Polícias Estaduais e apoio das Forças Armadas.
2. Polícias Estaduais: Fortalecimento e articulação das Polícias Estaduais para o enfrentamento qualificado ao tráfico do crack em áreas de maior vulnerabilidade para o consumo.
3. Atendimento, tratamento e reinserção social de usuários de crack: abertura de edital para todos os municípios brasileiros, com objetivo de disponibilizar recursos para ampliação do número de leitos em serviços de urgência e emergência e hospitais gerais. O edital abrange ainda financiamento para ações de desenvolvimento e integração da rede assistencial, incluindo casas de passagem e comunidades terapêuticas. Todos os municípios e o Distrito Federal poderão participar com a apresentação de projetos de acordo com os critérios estabelecidos e com a Política Nacional Sobre Drogas (Pnad).
4. Campanha nacional de mobilização, informação e orientação: realização de campanha nacional e permanente com o objeto de mobilizar a sociedade para o enfrentamento do crack.
5. Projeto Rondon: ampliação das ações do Projeto para regiões de grande vulnerabilidade em relação à violência e ao consumo de crack e outras drogas.
6. Capacitação: voltada para profissionais da rede de saúde e rede de assistência social em tratamento e reinserção social, para educadores, comunidade escolar e a formação de multiplicadores em prevenção.
7. Juizados especiais criminais: capacitação continuada de juizes e equipes psicossociais com vistas a uniformizar e implantar práticas e políticas de reinserção social, conforme a Lei de Drogas.
8. Disseminação de informação: ampliação do portal interativo e específico sobre o crack, no Observatório Brasileiro de Políticas sobre Drogas, com o objetivo de disseminar informações e estudos bem como fomentar o debate em torno das questões que envolvem o crack.
INTEGRAÇÃO DE AÇÕES DE MOBILIZAÇÃO, PREVENÇÃO, TRATAMENTO E REINSERÇÃO SOCIAL
O plano desenvolverá ações de prevenção, capacitação, disseminação de boas práticas, tratamento e reinserção social para usuários e dependentes de crack e outras drogas, com o objetivo de fortalecer as redes locais de serviços socioassistenciais e de saúde.
Serão capacitados profissionais de diferentes áreas da rede de serviços, profissionais de saúde, educadores e comunidade escolar, conselheiros municipais, operadores de segurança pública, do direito, líderes religiosos e comunitários entre outros. O objetivo é fortalecer a rede local e garantir o acesso aos serviços disponíveis, tanto para os usuários quanto para seus familiares.
terça-feira, 25 de maio de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
Tráfico de drogas é chefiado por criança
Duas pessoas foram presas durante operação da Polícia
Um adolescente de 17 anos e um jovem de 21 foram detidos na noite desta quarta-feira (19) em um conjunto habitacional na cidade de São Manoel (a 247 km da capital). Eles "trabalhavam" em um ponto de tráfico de drogas que era chefiado por uma criança com idade entre 10 e 12 anos, conhecido com "Poderosinho", informou a Polícia Militar.
Os policias chegaram até o ponto de drogas após uma denuncia de moradores. O garoto ainda não foi encontrado. Os pais dele, conhecidos como "Poderosos", já foram presos por tráfico de drogas.
O major Jorge Duarte Miguel, subcomandante do 12º Batalhão de Botucatu, afirmou que o que mais chamou "atenção foi ver o Poderosinho tomando conta da boca e gerenciando o serviço". Ele coordenava a distribuição dos olheiros, vendia a droga para adultos, contava e guardava o dinheiro, como relata Miguel.
- Vários adolescentes e também alguns adultos trabalham com este menino. Os dois rapazes presos confessaram que o jovem garoto é o dono da boca. Ele vendia cada pedra de crack por R$ 5 e somente em uma noite ganhava aproximadamente R$ 500.
Durante a operação, os policiais observaram toda a movimentação e perceberam que o adolescente de 17 anos detido matinha a rotina de ir até uma casa para buscar a droga que seria vendida. Neste local, foi preso o jovem de 21 anos. Os dois detidos foram encaminhados à Cadeia Pública de São Manoel. O major Jorge Duarte Miguel afirmou que cabe a Polícia Civil analisar as provas colhidas e acionar o Vara da Infância e da Juventude de São Manoel para que "Poderosinho" seja levado para a Fundação Casa.
Os policias chegaram até o ponto de drogas após uma denuncia de moradores. O garoto ainda não foi encontrado. Os pais dele, conhecidos como "Poderosos", já foram presos por tráfico de drogas.
O major Jorge Duarte Miguel, subcomandante do 12º Batalhão de Botucatu, afirmou que o que mais chamou "atenção foi ver o Poderosinho tomando conta da boca e gerenciando o serviço". Ele coordenava a distribuição dos olheiros, vendia a droga para adultos, contava e guardava o dinheiro, como relata Miguel.
- Vários adolescentes e também alguns adultos trabalham com este menino. Os dois rapazes presos confessaram que o jovem garoto é o dono da boca. Ele vendia cada pedra de crack por R$ 5 e somente em uma noite ganhava aproximadamente R$ 500.
Durante a operação, os policiais observaram toda a movimentação e perceberam que o adolescente de 17 anos detido matinha a rotina de ir até uma casa para buscar a droga que seria vendida. Neste local, foi preso o jovem de 21 anos. Os dois detidos foram encaminhados à Cadeia Pública de São Manoel. O major Jorge Duarte Miguel afirmou que cabe a Polícia Civil analisar as provas colhidas e acionar o Vara da Infância e da Juventude de São Manoel para que "Poderosinho" seja levado para a Fundação Casa.
Cada vez mais cedo, cada vez mais perto de nós. Temos que acabar com este mal! É preciso dar um cartão vermelho para as drogas!
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Brasil tem mais de um milhão de viciados
Consumo no País é uma epidemia já comparada à epidemia de aids no continente africano
O número de usuários de crack hoje no Brasil está em torno de 1,2 milhão e a idade média para início do uso da droga é 13 anos. Os dados foram apresentados ontem pelo psiquiatra Pablo Roig, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Roig é especialista no tratamento de dependentes do crack. O número é uma estimativa feita com base em dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os especialistas presentes na audiência apontaram que os países gastam de 0,5% a 1,3% do PIB com o combate e tratamento ao uso de droga.
O consumo de crack no País é comparada a uma epidemia. De longe, é a droga que mais se alastra, atingindo atualmente todas as camadas da sociedade. Na semana passada, durante audiência com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado federal Alceni Guerra (DEM-PR), membro da frente paralamentar, comparou o consumo de crack no Brasil à aids. “A epidemia do crack aqui só perde para a epidemia da aids na África”, comentou.
A Frente Parlamentar recém-criada pretende discutir propostas emergenciais que impeçam o crescimento do uso da droga no país, assim como as formas de tratar os dependentes. A Câmara de Curitiba também criou uma Frente Parlamentar para o mesmo tipo de discussão e propostas na Capital.
A Secretaria Municipal de Saúde de Curitriba mantém os Centros de Atendimento Psico-Social (Caps) que, entre outras, faz o atendimento aos dependentes químicos. Em 2009, em média, 7% das pessoas que procuravam uma das unidades do Caps na cidade todos os meses o fazia para tentar deixar o crack.
O avanço do crack tem despertado ações de todos os lados. No início da semana o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) discutiu diretrizes de uma campanha nacional de prevenção ao uso de drogas, em especial do crack, que será lançada em breve. O foco será a pevenção.
A fase inicial da campanha prevê uma campanha publicitária com foco na prevenção. Uma segunda etapa deverá definir métodos para que o trabalho se perpetue, tendo os juízes como agentes de mobilização de entidades civis, profissionais que já atuam nessa área de combate às drogas e cidadãos interessados em desenvolver esse trabalho com os jovens.
O governo federal também prepara um um plano nacional interministerial de combate ao uso de drogas, solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, não há um prazo para que o plano seja lançado, mas deve sair “o mais rápido possível”. O projeto está sendo elaborado por várias pastas, entre elas os ministérios da Saúde, Educação e Justiça.
Abril no Paraná foi o mês do crack. Em trinta dias, foram apreendidos prataicamente a mesma quantidade da droga que nos três primeiros meses do ano. Até o dia 30 de abril, foram apreendidos no Estado 617 mil pedras da droga.
O número de usuários de crack hoje no Brasil está em torno de 1,2 milhão e a idade média para início do uso da droga é 13 anos. Os dados foram apresentados ontem pelo psiquiatra Pablo Roig, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Roig é especialista no tratamento de dependentes do crack. O número é uma estimativa feita com base em dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os especialistas presentes na audiência apontaram que os países gastam de 0,5% a 1,3% do PIB com o combate e tratamento ao uso de droga.
O consumo de crack no País é comparada a uma epidemia. De longe, é a droga que mais se alastra, atingindo atualmente todas as camadas da sociedade. Na semana passada, durante audiência com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado federal Alceni Guerra (DEM-PR), membro da frente paralamentar, comparou o consumo de crack no Brasil à aids. “A epidemia do crack aqui só perde para a epidemia da aids na África”, comentou.
A Frente Parlamentar recém-criada pretende discutir propostas emergenciais que impeçam o crescimento do uso da droga no país, assim como as formas de tratar os dependentes. A Câmara de Curitiba também criou uma Frente Parlamentar para o mesmo tipo de discussão e propostas na Capital.
A Secretaria Municipal de Saúde de Curitriba mantém os Centros de Atendimento Psico-Social (Caps) que, entre outras, faz o atendimento aos dependentes químicos. Em 2009, em média, 7% das pessoas que procuravam uma das unidades do Caps na cidade todos os meses o fazia para tentar deixar o crack.
O avanço do crack tem despertado ações de todos os lados. No início da semana o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) discutiu diretrizes de uma campanha nacional de prevenção ao uso de drogas, em especial do crack, que será lançada em breve. O foco será a pevenção.
A fase inicial da campanha prevê uma campanha publicitária com foco na prevenção. Uma segunda etapa deverá definir métodos para que o trabalho se perpetue, tendo os juízes como agentes de mobilização de entidades civis, profissionais que já atuam nessa área de combate às drogas e cidadãos interessados em desenvolver esse trabalho com os jovens.
O governo federal também prepara um um plano nacional interministerial de combate ao uso de drogas, solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, não há um prazo para que o plano seja lançado, mas deve sair “o mais rápido possível”. O projeto está sendo elaborado por várias pastas, entre elas os ministérios da Saúde, Educação e Justiça.
Abril no Paraná foi o mês do crack. Em trinta dias, foram apreendidos prataicamente a mesma quantidade da droga que nos três primeiros meses do ano. Até o dia 30 de abril, foram apreendidos no Estado 617 mil pedras da droga.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Maior apreensão de cocaína do ano em SP sai do Paraná
A Polícia Civil de São Paulo fez ontem no Pari, zona norte da cidade, a maior apreensão de cocaína do ano. Um homem foi preso em flagrante com 97,2 kg de cocaína.
De acordo com denúncia anônima, o acusado frequentava o Largo do Arouche e a Praça da República, na região central. Sem saber que estava lidando com policiais, o acusado de 26 anos informou que tinha um "canal" para trazer drogas do Paraná. Disse, ainda, que transportaria a droga camuflada no fundo falso de uma caminhonete.
Há uma semana, ele informou aos supostos compradores que a droga seria entregue no domingo, às 16h, no Largo do Arouche. Na data e horário marcados, os policiais encontraram o acusado. Porém, os policiais disseram que desejavam ir para um lugar mais seguro para conferir a droga e fazer o pagamento. Um dos investigadores assumiu a direção da caminhonete, tendo como passageiro o suspeito. Um outro policial escoltou o veículo onde estava a droga.
O policial que dirigia a camioneta foi direto para o 12º Distrito Policial (Pari), onde se identificou ao fornecedor da droga, que recebeu voz de prisão em flagrante. A camioneta foi vistoriada e, sob o revestimento da carroceria, bem como no revestimento das portas, os policiais apreenderam os 100 tijolos de cocaína, pesando 97,2 kg.
No 12º DP, o suspeito R.H.B.J. foi indiciado por tráfico de entorpecentes e será encaminhado para a 1ª Delegacia Seccional de São Paulo.
Operação teve início com denúncias anônimas. Ligue, denuncie! O 181 está a sua disposição.
Dê você também um cartão vermelho para as drogas!
terça-feira, 18 de maio de 2010
70% das crianças em abrigos são filhas de usuárias de crack
Os relatos são horríveis. Eles precisam de acompanhamento direto para descobrir que existe um mundo sem a droga – afirma a assistente social Taiane Tonetto, do Lar Ipanema.
Depois de ingressar, menos de 20% retornam para a mãe. Uma pequena parcela segue para a casa de parentes. A maior parte, porém, fica. Só sai depois de completar 18 anos.
Entre os bebês de até dois anos que chegam à FPE, como E., a mãe de 60% deles é dependente de crack, de acordo com a diretora técnica, Sandra Helena de Souza. No Lar Ipanema, todos os 21 bebês foram gerados absorvendo os venenos da pedra.
– É necessária uma política pública efetiva de prevenção à gravidez precoce e indesejada. E, havendo a gravidez, que seja promovido o direito do bebê de nascer em melhores condições, facilitando a adoção. Não adianta só atender, atender, atender. A gente se pergunta: quantos abrigos ainda serão necessários? – indaga Sandra.
Pelo baixo preço e pelo efeito imediato, o crack está encravado nas periferias há mais de uma década e avançou nos últimos anos para todas as classes sociais. Nas vilas, os casos saltam como pulgas, como falam conselheiros tutelares. O conselheiro Antônio Américo Machado diz que precisam enfrentar até traficantes para poder preservar a vida dos filhos dos “zumbis”.
– Já chegamos a ter de falar com o dono da boca para levar os filhos de uma viciada. Retirar as crianças da mãe é o último recurso. Tentamos conversar, encaminhar para atendimento primeiro. Mas, quando não tem jeito, o melhor é levar para o abrigo. Quando isso acontece é que elas sentem. Dizemos para as mães: agora é tudo contigo. Se quiser ver teu filho de novo, vai ter de largar a pedra. Algumas tentam, mas poucas conseguem – lamenta Américo.
A assistente social Taiane Tonetto trabalha no Lar Ipanema, na Capital, onde todos os 21 bebês são filhos de usuárias de crack
Depois de ingressar, menos de 20% retornam para a mãe. Uma pequena parcela segue para a casa de parentes. A maior parte, porém, fica. Só sai depois de completar 18 anos.
Entre os bebês de até dois anos que chegam à FPE, como E., a mãe de 60% deles é dependente de crack, de acordo com a diretora técnica, Sandra Helena de Souza. No Lar Ipanema, todos os 21 bebês foram gerados absorvendo os venenos da pedra.
– É necessária uma política pública efetiva de prevenção à gravidez precoce e indesejada. E, havendo a gravidez, que seja promovido o direito do bebê de nascer em melhores condições, facilitando a adoção. Não adianta só atender, atender, atender. A gente se pergunta: quantos abrigos ainda serão necessários? – indaga Sandra.
Pelo baixo preço e pelo efeito imediato, o crack está encravado nas periferias há mais de uma década e avançou nos últimos anos para todas as classes sociais. Nas vilas, os casos saltam como pulgas, como falam conselheiros tutelares. O conselheiro Antônio Américo Machado diz que precisam enfrentar até traficantes para poder preservar a vida dos filhos dos “zumbis”.
– Já chegamos a ter de falar com o dono da boca para levar os filhos de uma viciada. Retirar as crianças da mãe é o último recurso. Tentamos conversar, encaminhar para atendimento primeiro. Mas, quando não tem jeito, o melhor é levar para o abrigo. Quando isso acontece é que elas sentem. Dizemos para as mães: agora é tudo contigo. Se quiser ver teu filho de novo, vai ter de largar a pedra. Algumas tentam, mas poucas conseguem – lamenta Américo.
A assistente social Taiane Tonetto trabalha no Lar Ipanema, na Capital, onde todos os 21 bebês são filhos de usuárias de crack
segunda-feira, 17 de maio de 2010
A maconha é pior que o cigarro, que já é ruim.
Muitos dizem que maconha faz menos mal que cigarro. Mentira.
Apesar de a maconha e o cigarro serem consumidos do mesmo modo, ambos têm princípios ativos muito diferentes entre si. Além disso, é praticamente impossível comparamos uma pessoa fumando maconha ("canabizando") a outra fumando cigarro ("tabagizando"), pois a sensibilidade varia de pessoa para pessoa, alterndo profundamente o resultado.
Dentre centenas de outras substâncias, a maconha contém o THC (tetraidrocanabinol), que pode provocar alterações em várias áreas do aparelho psíquico: memória, atenção, concentração, ânimo, capacidade de realização, noção de tempo e espaço, percepção, etc.
O tabaco não apresenta as características provocadas pelo THC, pois o organismo tem mais tolerância ao cigarro e a nicotina é rapidamente eliminada do corpo, de meia a uma hora, o que, aliás, permite que muitos cigarros (tabaco) sejam fumados em um só dia. Já a maconha é menos consumida nesse mesmo período, porque, além de seus efeitos serem mais duradouros, o organismo tem menos tolerância a eles, embora algumas pessoas, com o uso, criem maior tolerância.
O cigarro é prejudicial à saúde, mas comparado á maconha faz menos mal. Dizer que a maconha é um produto artesanal e natural e que o cigarro, por ser industrializado, é cheio de "químicas" e faz mal á saúde é outra inverdade, o fato de ser natural não garante que seja bom, pois existem muitos venenos que são naturais. Quanto a ser artesanal, isso também não dá nenhuma garantia de qualidade.
Apesar de a maconha e o cigarro serem consumidos do mesmo modo, ambos têm princípios ativos muito diferentes entre si. Além disso, é praticamente impossível comparamos uma pessoa fumando maconha ("canabizando") a outra fumando cigarro ("tabagizando"), pois a sensibilidade varia de pessoa para pessoa, alterndo profundamente o resultado.
Dentre centenas de outras substâncias, a maconha contém o THC (tetraidrocanabinol), que pode provocar alterações em várias áreas do aparelho psíquico: memória, atenção, concentração, ânimo, capacidade de realização, noção de tempo e espaço, percepção, etc.
O tabaco não apresenta as características provocadas pelo THC, pois o organismo tem mais tolerância ao cigarro e a nicotina é rapidamente eliminada do corpo, de meia a uma hora, o que, aliás, permite que muitos cigarros (tabaco) sejam fumados em um só dia. Já a maconha é menos consumida nesse mesmo período, porque, além de seus efeitos serem mais duradouros, o organismo tem menos tolerância a eles, embora algumas pessoas, com o uso, criem maior tolerância.
O cigarro é prejudicial à saúde, mas comparado á maconha faz menos mal. Dizer que a maconha é um produto artesanal e natural e que o cigarro, por ser industrializado, é cheio de "químicas" e faz mal á saúde é outra inverdade, o fato de ser natural não garante que seja bom, pois existem muitos venenos que são naturais. Quanto a ser artesanal, isso também não dá nenhuma garantia de qualidade.
sábado, 15 de maio de 2010
Pesquisa reconhece relação entre violência doméstica e o uso de drogas
De acordo com pesquisa publicada na Revista da Escola de Enfermagem da USP, existe relação entre o uso de drogas por familiares, violência doméstica e dependência a drogas na adolescência.
O trabalho é de autoria da mestre em enfermagem de Catia Campaner Ferrari Bernardy e da doutora em enfermagem Magda Lúcia Félix de Oliveira.
Conforme escrevem os autores, foi realizado levantamento em duas unidades do Centro de Recuperação Vida Nova nos municípios paranaenses de Rolândia e Cambé.
Os estudados foram jovens de ambos os sexos, com idade entre 12 e 18 anos e a existência de referência familiar.
A maioria das mulheres das onze famílias estudadas tinha menos de 50 anos, vários casamentos, um grande número de filhos e baixa escolaridade.
Em dez delas havia envolvimento de outro membro, além do jovem, com drogas de abuso e em seis famílias outro membro já se envolvera em atos infracionais. Quanto à violência doméstica, a maioria dos familiares relatou atos de agressão física intradomiciliar, chamando atenção o fato de esta prática estar presente rotineiramente.
O trabalho é de autoria da mestre em enfermagem de Catia Campaner Ferrari Bernardy e da doutora em enfermagem Magda Lúcia Félix de Oliveira.
Conforme escrevem os autores, foi realizado levantamento em duas unidades do Centro de Recuperação Vida Nova nos municípios paranaenses de Rolândia e Cambé.
Os estudados foram jovens de ambos os sexos, com idade entre 12 e 18 anos e a existência de referência familiar.
A maioria das mulheres das onze famílias estudadas tinha menos de 50 anos, vários casamentos, um grande número de filhos e baixa escolaridade.
Em dez delas havia envolvimento de outro membro, além do jovem, com drogas de abuso e em seis famílias outro membro já se envolvera em atos infracionais. Quanto à violência doméstica, a maioria dos familiares relatou atos de agressão física intradomiciliar, chamando atenção o fato de esta prática estar presente rotineiramente.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Tráfico e uso de drogas na Rodoviária de Cascavel
Espécie de cracolândia na rodoviária aumenta insegurança na região
O visitante que vem a Cascavel encontra logo que desce do ônibus a insegurança. Na Rodoviária a falta de policiamento e segurança resulta em diversas ações, como presença de flanelinhas, violência, ilícitos e inclusive tráfico e uso de drogas. Esta é a imagem da cidade que fica para quem a visita, mas para quem convive com esta situação diariamente a preocupação é constante. “Isto aqui virou uma cracolândia”, revela um dos comerciantes da Rodoviária que prefere não se identificar com medo de retaliações.
O tráfico e uso, segundo comerciantes da região, taxistas e até passageiros ocorre principalmente no período da noite, mas há casos que mesmo durante o dia são evidentes. A reportagem da Gazeta do Paraná apurou as críticas e verificou que a Rodoviária realmente hoje é ponto de distribuição e uso de drogas, principalmente o crack. A movimentação, no período da noite, depois que escurece, começa com distribuidores que chegam até o grupo que fica nas mediações da parte de fora da rodoviária.
Carros e motos entregam bolsas a alguns homens que estão sempre no local, depois as pedras de crack de dentro desta bolsa começam a ser comercializadas. Aos poucos aparecem os compradores e em questões de poucos minutos realizam a compra e saem. São vários homens e meninos envolvidos na ação. No dia que a reportagem acompanhou, os usuários utilizam o gramado ao lado da Rodoviária para fumar, inclusive ascendendo fogueira para se aquecerem do frio.
Este foi um dos dias que a movimentação aconteceu, porque segundo o comerciante esta cena virou corriqueira no local. “Tem gente que vem fumar crack inclusive dentro da rodoviária”, afirma ao pontuar que muitos dos meninos que ficam como flanelinha são usuários e trocam as moedas ganhas para comprar pedra. “Isto é o dia inteiro, mas quando dá meia noite, que fecha a Rodoviária piora”, afirma ao salientar que por conta do tráfico e uso muitos outros crimes são consequentes, como pequenos roubos.
Os taxistas que trabalham na rodoviária também presenciam situações diárias de insegurança. José Henrique, que trabalha de noite relata que dependendo do dia ele precisa mudar de ponto porque “a droga toma conta”. O taxista conta que o local “virou cracolândia” há mais de um ano porque a segurança é falha. “Aqui não tem policiamento, antes tinha um posto dentro da Rodoviária, depois que nunca mais vieram isto aqui ficou horrível”, revela.
Os clientes, segundo Henrique ficam assustados e aqueles que podem evitam. “Tem bastante gente que vem com frequência pra cá que mudou para o avião, mesmo sendo bem mais caro ou então mudam o horário para chegar durante o dia porque estão com medo”, explica. O taxista conta que isto significa além de insegurança para quem trabalha na Rodoviária, mas também prejuízo. “A gente perde serviço, muita gente para de vir pela Rodoviária e para nós que dependemos de passageiros aqui fica complicado”, garante ao afirmar que perdeu vários clientes que eram fixos.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Uma Parcela Considerável de Jovens da Elite Bebe em Excesso
Em um levantamento realizado pelo Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), verificou-se que um quarto dos jovens com idade de 14 a 19 anos de escolas particulares de classes A e B de Curitiba, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro ,mantém um consumo de álcool considerado perigoso para o organismo pela OMS (Organização Mundial da Saúde. Jovens que bebem regularmente (65%) , pertencem à classe média/alta, e já admitiram ter usado outras drogas, que não usariam quando sóbrios.
Os riscos do uso em excesso do álcool estão em todas as escalas de tempo.
1). Imediato - Permite com que o jovem faça coisas das quais ele se arrependa, ou com que comprometa sua coordenação motora, na hora em que precisa (dirigir, por exemplo).
2). À médio prazo - Atrapalha no desenvolvimento do cérebro , e dos órgãos principais.
3). À longo prazo - Retarda o processo de regeneração de células, e pode trazer inúmeras doenças, que podem matar, principalmente atacam o fígado e outros órgãos.
No Final das contas , a diversão que pode ser instantânea, não permite que você enxergue as consequências. Tudo têm sua idade. Jovens podem ser influenciados e se deixar levar por alguns outros que cometem estes erros, até mesmo por estar em uma posição social desejável. Mas o bom mesmo é curtir a vida, com seus amigos de verdade, e não ao lado de quem não está se importando com o próprio corpo, imagine com o seu. Fique atento, não caia nessa, dê um cartão vermelho para o álcool.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Eu sei o gosto do inferno, diz ex-viciado em crack
Marcelo não se lembra como foi parar em uma clínica de recuperação. Demorou 2 semanas para recobrar a consciência e lembrar o nome
É preciso só de mais apoio. A gente só precisa se unir. A dependência química é uma doença de egoísmo. A pessoa se fecha pra dentro de si e o umbigo vira o centro do universo. A recuperação é o caminho contrário. É o encontro com o próximo, a busca da solidariedade, é o bem.
"Todos os viciados em crack, sem nenhuma exceção sabem desse tal 'gosto do inferno' que eu senti"
Hoje, com 34 anos, Marcelo Derussi, fala pausadamente e com clareza. Expõe ideias e opiniões de alguém que já foi viciado em droga. Marcelo fala novamento sobre o tempo em que era um dependente químico: “Foram 17 anos de bagunça”.
Antes de afundar de vez nas drogas, Marcelo cursou até o ensino médio. A retomada dos estudos só veio agora, após os anos de 'bagunça', para tentar entender um pouco melhor tudo aquilo que passou. “Depois da recuperação fiz um curso técnico em reabilitação de dependentes químicos e fui entender melhor a loucura que é essa doença. E os 17 anos de droga me credencia. Porque eu sei qual é o gosto do inferno. O crack traz o ápice da insanidade”. Longe do consumo das drogas desde 31 de outubro de 2006, o músico e funcionário público quer deixar o passado para trás e focar o futuro. “Eu estar aqui conversando já uma coisa incrível. Só quem conheceu o fim do poço sabe que isso aqui é um milagre. Agora eu não me prejudico mais e deixo que a vida se reconstrua e faça a parte dela”.
Foram 17 anos de bagunça. Com todo tipo de drogas. E o caminho normalmente é sempre o mesmo. O caminho da droga tem três finais: cadeia, cemitério ou a instituição psiquiátrica. Você passa por diversos tipos de uso. O uso nocivo, o uso abusivo, e quando chega no transtorno de dependência química, a única alternativa é a abstinência. Comecei na droga muito cedo. Com 12 ou 13 anos já estava experimentando alguma coisa. Isso a gente tem que alertar. O início normalmente é muito cedo e eu não sou exceção. E a porta de entrada normalmente é o álcool. Começa tomando espuminha de cerveja na festa da família. Começa no cigarro na escola com os amigos. O crack é o ápice, mas precisamos insistir na prevenção das outras drogas pra não chegar ao crack.
"Todos os viciados em crack, sem nenhuma exceção sabem desse tal 'gosto do inferno' que eu senti"
sábado, 8 de maio de 2010
O crack é diferente de tudo
O crack tem um comércio mais conflituoso que o da cocaína e da maconha. A estrutura da venda tem formas diferentes. O varejo é muito mais pulverizado. Ele é realizado por quadrilhas de jovens. O comércio do crack tem revendedores terceirizados, algo que não vemos na cocaína. O gerente da boca passa a droga para os agentes de revenda, que terceirizam a venda para espécies de free-lancers. É uma cadeia muito fragmentada
É essa venda pulverizada e o alto índice de 'revendedores-consumidores' que acaba tornado a cadeia de venda da droga tão letal.
O vendedor-usuário do crack acaba uma hora ou outra se tornando um devedor. E nessa cadeia, se alguém deve alguma coisa, essa dívida se reproduz nos outros setores de venda. Um vai devendo para o outro. E aí, se ele não paga, não se pode procurar o Procon. É quando entra a força física, a arma de fogo e as mortes. E essa cadeia de venda vira uma cadeia de mortes e de violência
As medidas precisam ser tomadas já.
Os candidatos à Presidência e governadores precisam se posicionar sobre o tema. Estamos vendo que é preciso ser feito algo logo. Ainda há tempo.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Cérebro Nunca Esquece a Droga, Afirma Psiquiatra
Entrevista a Folha de São Paulo.
Especializado no tratamento de dependentes químicos, o psiquiatra argentino Eduardo Kalina, 63 anos, faz um alerta: o cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga. Para um dependente químico, a cura exige a abdicação total das drogas, inclusive álcool e cigarro por toda a vida.
O uso de drogas vai contra a natureza humana. A pessoa procura a droga para ser outro, Popeye, super-homem. Além de corrigir o fator biológico, é preciso fazer psicoterapias, trabalhar com a família. Muitos pacientes precisam reaprender a de desenvolver no meio social. Daí a importância do hospital-dia, com estruturas comunitárias.
"Há cura para a dependência química"
A cura significa deixar de tomar drogas de todo tipo, álcool e tabaco, inclusive, e aceitar que o corpo nunca vai esquecer o que aprendeu. Se foi, alcoólatra ou toxicômano, o cérebro não esquece. Por isso, a cervejinha é fatal, porque abre a memória biológica. A pessoa lembra e acorda tudo o que tratamos de limpar. Há cura se você aceita os seus limites.
"Quem fuma só maconha é dependente"
É dependente, sim. Quando a pessoa diz "fumo só maconha", quase nunca é verdade. Ela fuma cigarros, toma álcool e, com o tempo, não basta. É a porta de entrada para as outras drogas. Assim como se dizia antes que a consciência é solúvel em álcool, hoje, diz que a consciência é solúvel em maconha.
"A família é fator extremamente importante para a formação psicológica do jovem"
O papel da família é não seguir a linha "faça o que eu digo e não faça o que eu faço". Se os pais consomem tabaco, álcool e remédios, não podem pedir que os filhos não procurem soluções químicas. O pai deve dizer ao filho que usou, mas que não há motivo para o filho fazer também.
Especializado no tratamento de dependentes químicos, o psiquiatra argentino Eduardo Kalina, 63 anos, faz um alerta: o cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga. Para um dependente químico, a cura exige a abdicação total das drogas, inclusive álcool e cigarro por toda a vida.
O uso de drogas vai contra a natureza humana. A pessoa procura a droga para ser outro, Popeye, super-homem. Além de corrigir o fator biológico, é preciso fazer psicoterapias, trabalhar com a família. Muitos pacientes precisam reaprender a de desenvolver no meio social. Daí a importância do hospital-dia, com estruturas comunitárias.
"Há cura para a dependência química"
A cura significa deixar de tomar drogas de todo tipo, álcool e tabaco, inclusive, e aceitar que o corpo nunca vai esquecer o que aprendeu. Se foi, alcoólatra ou toxicômano, o cérebro não esquece. Por isso, a cervejinha é fatal, porque abre a memória biológica. A pessoa lembra e acorda tudo o que tratamos de limpar. Há cura se você aceita os seus limites.
"Quem fuma só maconha é dependente"
É dependente, sim. Quando a pessoa diz "fumo só maconha", quase nunca é verdade. Ela fuma cigarros, toma álcool e, com o tempo, não basta. É a porta de entrada para as outras drogas. Assim como se dizia antes que a consciência é solúvel em álcool, hoje, diz que a consciência é solúvel em maconha.
"A família é fator extremamente importante para a formação psicológica do jovem"
O papel da família é não seguir a linha "faça o que eu digo e não faça o que eu faço". Se os pais consomem tabaco, álcool e remédios, não podem pedir que os filhos não procurem soluções químicas. O pai deve dizer ao filho que usou, mas que não há motivo para o filho fazer também.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Abril foi o mês da apreensão de crack no Paraná
Em trinta dias, foram apreendidos prataicamente a mesma quantidade da droga que nos três primeiros meses do ano.
Consumo no País é uma epidemia já comparada à epidemia de aids no continente africano .
O número de usuários de crack hoje no Brasil está em torno de 1,2 milhão e a idade média para início do uso da droga é 13 anos. Os dados foram apresentados ontem pelo psiquiatra Pablo Roig, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Roig é especialista no tratamento de dependentes do crack. O número é uma estimativa feita com base em dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os especialistas presentes na audiência apontaram que os países gastam de 0,5% a 1,3% do PIB com o combate e tratamento ao uso de droga.
O consumo de crack no País é comparada a uma epidemia. De longe, é a droga que mais se alastra, atingindo atualmente todas as camadas da sociedade. Na semana passada, durante audiência com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado federal Alceni Guerra (DEM-PR), membro da frente paralamentar, comparou o consumo de crack no Brasil à aids. “A epidemia do crack aqui só perde para a epidemia da aids na África”, comentou.
O consumo de crack no País é comparada a uma epidemia. De longe, é a droga que mais se alastra, atingindo atualmente todas as camadas da sociedade. Na semana passada, durante audiência com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado federal Alceni Guerra (DEM-PR), membro da frente paralamentar, comparou o consumo de crack no Brasil à aids. “A epidemia do crack aqui só perde para a epidemia da aids na África”, comentou.
A Frente Parlamentar recém-criada pretende discutir propostas emergenciais que impeçam o crescimento do uso da droga no país, assim como as formas de tratar os dependentes. A Câmara de Curitiba também criou uma Frente Parlamentar para o mesmo tipo de discussão e propostas na Capital.
A Secretaria Municipal de Saúde de Curitriba mantém os Centros de Atendimento Psico-Social (Caps) que, entre outras, faz o atendimento aos dependentes químicos. Em 2009, em média, 7% das pessoas que procuravam uma das unidades do Caps na cidade todos os meses o fazia para tentar deixar o crack.
O avanço do crack tem despertado ações de todos os lados. No início da semana o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) discutiu diretrizes de uma campanha nacional de prevenção ao uso de drogas, em especial do crack, que será lançada em breve. O foco será a pevenção.
A fase inicial da campanha prevê uma campanha publicitária com foco na prevenção. Uma segunda etapa deverá definir métodos para que o trabalho se perpetue, tendo os juízes como agentes de mobilização de entidades civis, profissionais que já atuam nessa área de combate às drogas e cidadãos interessados em desenvolver esse trabalho com os jovens.
O governo federal também prepara um um plano nacional interministerial de combate ao uso de drogas, solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, não há um prazo para que o plano seja lançado, mas deve sair “o mais rápido possível”. O projeto está sendo elaborado por várias pastas, entre elas os ministérios da Saúde, Educação e Justiça.
Abril no Paraná foi o mês do crack. Em trinta dias, foram apreendidos prataicamente a mesma quantidade da droga que nos três primeiros meses do ano. Até o dia 30 de abril, foram apreendidos no Estado 617 mil pedras da droga.
Campanha nacional contra uso de drogas focará a prevenção
Em sua primeira reunião de trabalho, a comissão multidisciplinar criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no mês passado discutiu nesta segunda-feira (03/05) as diretrizes da campanha nacional de prevenção ao uso de drogas, em especial do crack, que será lançada em breve. De acordo com o coordenador da comissão, composta por magistrados de 17 estados, médicos, psicólogos e especialistas no estudo da dependência química, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Antônio Carlos Malheiros, o foco da campanha será a prevenção.
"Será uma campanha publicitária de prevenção ao uso de drogas e, fundamentalmente, uma campanha de conscientização, de orientação e de prevenção, que finque alicerces para que haja continuidade no trabalho. Em cada cidade onde houver um juiz, esse juiz será o piloto dessa operação, trabalhando com a nave-mãe que é a nossa comissão aqui no CNJ", resumiu o desembargador.
A comissão foi criada no último dia 16 de abril, durante o I Encontro de Coordenadorias de Infância e Juventude, realizado no plenário do CNJ em Brasília, e tem 60 dias para definir a campanha.
O desembargador Malheiros explicou que a fase inicial da campanha prevê uma campanha publicitária com foco na prevenção. Uma segunda etapa, segundo ele, deverá definir métodos para que o trabalho se perpetue, tendo os juízes como agentes de mobilização de entidades civis, profissionais que já atuam nessa área de combate às drogas e cidadãos interessados em desenvolver esse trabalho com os jovens.
"É importante que o Judiciário enfrente essa situação trágica das nossas crianças, tendo a visão social que já faz parte da filosofia do CNJ que lança mais essa campanha com apoio de todos os magistrados do país", afirmou Malheiros.
"Será uma campanha publicitária de prevenção ao uso de drogas e, fundamentalmente, uma campanha de conscientização, de orientação e de prevenção, que finque alicerces para que haja continuidade no trabalho. Em cada cidade onde houver um juiz, esse juiz será o piloto dessa operação, trabalhando com a nave-mãe que é a nossa comissão aqui no CNJ", resumiu o desembargador.
A comissão foi criada no último dia 16 de abril, durante o I Encontro de Coordenadorias de Infância e Juventude, realizado no plenário do CNJ em Brasília, e tem 60 dias para definir a campanha.
O desembargador Malheiros explicou que a fase inicial da campanha prevê uma campanha publicitária com foco na prevenção. Uma segunda etapa, segundo ele, deverá definir métodos para que o trabalho se perpetue, tendo os juízes como agentes de mobilização de entidades civis, profissionais que já atuam nessa área de combate às drogas e cidadãos interessados em desenvolver esse trabalho com os jovens.
"É importante que o Judiciário enfrente essa situação trágica das nossas crianças, tendo a visão social que já faz parte da filosofia do CNJ que lança mais essa campanha com apoio de todos os magistrados do país", afirmou Malheiros.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Denarc descobre esquema de tráfico de drogas
Policiais da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), núcleo de Foz do Iguaçu, em conjunto com policiais da 2.ª Subdivisão Policial em Laranjeiras do Sul, na região central do Estado, realizaram, na manhã desta sexta-feira (30), a operação Citros I ,para prender uma quadrilha de traficantes. Foram cumpridos quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão.
De acordo com o delegado-chefe da Denarc de Foz, Renato Coelho de Jesus, a polícia investigava o grupo há três meses. A droga comprada em Foz do Iguaçu era vendida em Laranjeiras do Sul, onde a quadrilha montou sua base de atuação. Estão presos: Natálio Traczinski, 35 anos, Diogo Alexander Araújo, 26, Júlio César Jonglonboud, 22, e Jean Marcel Fiori, 25.
"Natálio Traczinski era responsável pela compra da droga em Foz do Iguaçu e pela distribuição aos demais traficantes e usuários em Laranjeiras do Sul. Ele já é condenado a quase três anos, por tráfico de drogas, pela Justiça de Matelândia", explicou o delegado.
Tranczinski foi preso com 1,1 quilo de cocaína, meio quilo de crack e vários comprimidos, que se suspeita serem ecstasy, além de R$ 500. As drágeas foram enviadas para análise. Araújo foi preso com aproximadamente 100 gramas de cocaína, duas balanças de precisão e quase R$ 1,5 mil.
Estudantes
De acordo com as investigações, Araújo, que era funcionário da Sanepar e estudante universitário, revendia cocaína a outros estudantes em Laranjeiras do Sul. Segundo as investigações, ele é ligado a Júlio César Jonglonboud, que também revendia droga na cidade. "Os dois se aliaram com o objetivo de angariar mais usuários e obter lucro maior com o tráfico", explicou o delegado.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Drogas motivam 95% dos homicídios no Paraná
O secretário Serpa e o delegado-chefe Cartaxo: "Estamos cientes dos últimos acontecimentos e garantimos que crime nenhum ficará impune aqui". Noventa e cinco por cento dos homicídios registrados no Paraná têm relação com as drogas e 60% das mortes ocorrem com adolescentes ou jovens de até 25 anos que estão fora das escolas. A informação é do secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa, que esteve ontem em Londrina. Segundo ele, o Paraná já não é apenas rota do tráfico de drogas por conta de sua localização geográfica, mas o interior do Estado tem concentrado o consumo da droga, geralmente trazida do Paraguai. Essa ação, observou o secretário, está diretamente ligada aos altos índices de criminalidade na maioria dos municípios, incluindo Londrina. "Hoje não somos só o caminho para as drogas, a droga fica em todas as cidades", enfatizou.
O delegado-chefe da Divisão Policial do Interior da Polícia Civil, Luiz Alberto Cartaxo, explicou que a rentabilidade dos traficantes com o tráfico de drogas no Estado tem sido de 1000%. "Hoje se compra um quilo de maconha no Paraguai por R$ 90,00 e ela chega em Curitiba por R$ 900,00. Os jovens têm usado cada vez mais drogas. Estamos certos de que isso é uma doença e que precisa ser feito algo em relação a isso", disse.
Propostas de construção de centros para tratamento de usuários de drogas foram feitas durante a reunião. O prefeito Barbosa Neto e também o presidente da Câmara de Vereadores, José Roque Neto, se dispuseram a articular meios para que medidas possam ser concretizadas na cidade a fim de atender esse público.
Para o secretário, as drogas e a desregração familiar precisam ser discutidas para que a sociedade possa fazer sua parte no combate à criminalidade. "Hoje vemos mães separadas indo buscar dinheiro no trabalho e seu filho fica abandonado na rua. Isso é um grande fator que contribui com a marginalização dos jovens", apontou.
Propostas de construção de centros para tratamento de usuários de drogas foram feitas durante a reunião. O prefeito Barbosa Neto e também o presidente da Câmara de Vereadores, José Roque Neto, se dispuseram a articular meios para que medidas possam ser concretizadas na cidade a fim de atender esse público.
Para o secretário, as drogas e a desregração familiar precisam ser discutidas para que a sociedade possa fazer sua parte no combate à criminalidade. "Hoje vemos mães separadas indo buscar dinheiro no trabalho e seu filho fica abandonado na rua. Isso é um grande fator que contribui com a marginalização dos jovens", apontou.
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