O crack tem um comércio mais conflituoso que o da cocaína e da maconha. A estrutura da venda tem formas diferentes. O varejo é muito mais pulverizado. Ele é realizado por quadrilhas de jovens. O comércio do crack tem revendedores terceirizados, algo que não vemos na cocaína. O gerente da boca passa a droga para os agentes de revenda, que terceirizam a venda para espécies de free-lancers. É uma cadeia muito fragmentada
É essa venda pulverizada e o alto índice de 'revendedores-consumidores' que acaba tornado a cadeia de venda da droga tão letal.
O vendedor-usuário do crack acaba uma hora ou outra se tornando um devedor. E nessa cadeia, se alguém deve alguma coisa, essa dívida se reproduz nos outros setores de venda. Um vai devendo para o outro. E aí, se ele não paga, não se pode procurar o Procon. É quando entra a força física, a arma de fogo e as mortes. E essa cadeia de venda vira uma cadeia de mortes e de violência
As medidas precisam ser tomadas já.
Os candidatos à Presidência e governadores precisam se posicionar sobre o tema. Estamos vendo que é preciso ser feito algo logo. Ainda há tempo.
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