quarta-feira, 24 de março de 2010

Crack Sai das Periferias e Alastra-se Até Grandes Centros


Carla Ferreira Paz, faxineira que reside e trabalha em Foz do Iguaçu, resolveu prender o filho para que ele não saísse de casa atrás de crack. Ela responde agora a processo por maus-tratos, mas já avisou que, se for preciso, vai voltar a acorrentar o garoto. "Não quero vê-lo morrer por causa de droga."

Histórias de vício como a do menino de de Foz se alastram pelo país. O crack já assola todas as faixas etárias, todas as classes sociais, e não está mais restrito às grandes capitais.
  
O consumo se disseminou a tal ponto que o presidente Lula veio a público externar sua preocupação. Ele determinou a criação de um seminário nacional que discuta a questão do crack e seus efeitos nocivos na juventude brasileira. "Eu nunca vi tanta gente se queixando dos efeitos do crack como tenho visto atualmente quando converso com os prefeitos", disse Lula, em entrevista recente. Para isso, Paranhos propõe à Lula e a Dilma Roussef projeto Nacional Anti-drogas - LEIA.

Em encontro com o presidente e a candidata a presidência da república nestas eleições, Paranhos apresentou projeto antidrogas, já aproveitando a preocupação do presidente com o assunto. A proposta foi muito bem aceita e pretende-se implantá-la no plano de governo da presidenciável Dilma Roussef, caso seja eleita. Este projeto será apresentado também a todos os candidatos.
Se implantado no plano de governo, o projeto será realmente um CARTÃO VERMELHO PARA AS DROGAS!

O crack se alastra porque é uma droga barata e mais viciante (e devastadora) que as outras. Drogas como maconha, cocaína e LSD foram ícones de uma época - chegaram às ruas quase como um passaporte de entrada obrigatório para certos círculos sociais, principalmente nos anos 70 (maconha) e 80 (cocaína). Já o crack era visto com desdenho até mesmo por parte de usuários de outras drogas.

O crack nasceu nos bairros periféricos americanos e se alastrou pelo mundo, principalmente nas grandes cidades. Mas hoje já há relatos de grupos de viciados até em plantações de cana no Brasil. No Rio, os próprios traficantes coibiam a disseminação do crack devido ao seu enorme potencial viciante - havia o risco de os "funcionários" do tráfico ficarem "inúteis" depois de consumirem o crack e, por ser uma droga mais barata, o foco das vendas sempre foi a maconha e a cocaína.

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