O juiz da Vara da Central de Inquéritos de Curitiba, Pedro Luis Sanson Corat, expediu liminar que proibiu a realização da ‘marcha da maconha’, programada para domingo passado (22) na praça Santos Andrade.
O pedido havia sido feito pelo deputado estadual Leonaldo Paranhos (PSC), através de medida cautelar protocolada na quarta-feira da semana passada (18).
Paranhos já havia se manifestado contra a marcha em pronunciamento realizado no dia 17, na tribuna da Assembleia Legislativa. Na visão do parlamentar, a sociedade paranaense não tolera esse tipo de manifestação. “Buscamos o amparo da justiça entendendo que a marcha é ilegal por fazer apologia ao uso da droga”.
Ainda segundo Paranhos, não se pode ignorar que o consumo da maconha está ligado ao tráfico, responsável pela maioria dos homicídios cometidos em Curitiba e no Paraná.
Em seu pronunciamento na tribuna, Paranhos também mostrou um DVD pirata, comprado em camelôs, contendo um documentário sobre o cultivo e a utilização da maconha nos Estados Unidos. Afirmou que, mesmo sendo um documentário, o material deve ter a venda combatida, porque ao ser visto por jovens e adolescentes, ainda imaturos, funciona como um estímulo para o consumo. “Precisamos reagir a isso. Ainda bem que no sábado (21) aconteceu a Marcha para Jesus – evento programado pelas igrejas evangélicas. Jesus chegou antes do diabo”, ironizou.
A região oeste do Paraná é responsável por 30% do total de maconha apreendida em todo o país, só neste ano. Nos primeiros cinco meses foram mais de sete toneladas da droga. O município de Guaíra lidera o numero de apreensões. A fronteira com a Argentina e o Paraguai é apontada pela polícia como motivo do grande volume de droga apreendida no estado.
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