segunda-feira, 16 de maio de 2011

O ÁLCOOL TAMBÉM É UMA DROGA

É classificado como um depressivo, o que quer dizer que diminui as funções vitais – resultando em fala arrastada, instabilidade de movimentos, percepções alteradas e uma incapacidade para reagir rapidamente.


No que diz respeito à forma como chega a afectar a mente, o álcool é melhor compreendido como uma droga que reduz a capacidade da pessoa para pensar de forma racional e distorce a sua capacidade de discernimento.

Mesmo estando classificado como um depressivo, a quantidade de álcool consumido determina o tipo de efeito que é obtido. Muita gente bebe pelo efeito estimulante, como no caso de uma cerveja ou um copo de vinho que são bebidos “para soltar–se”. Mas se uma pessoa consome mais do que o corpo pode manejar, então experimentará o efeito depressivo do álcool. Começará a sentir–se “estúpida” ou perderá a coordenação e o controlo.

Uma overdose de álcool provoca efeitos depressivos muito mais severos (incapacidade para sentir dor, toxicidade tal que faz com que o organismo vomite o veneno, e finalmente inconsciência ou, ainda pior, coma ou a morte derivada de uma overdose tóxica severa). Estas reações dependem de quanto e quão rápido é consumido o álcool.

Existem diferentes tipos de álcool. O álcool etílico (etanol), que é o único utilizado em bebidas, é produzido pela fermentação de grãos e frutas. A fermentação é um processo químico mediante o qual a levedura atua sobre certos ingredientes que são encontrados na comida, gerando álcool.

O CONTEÚDO DAS BEBIDAS

As bebidas fermentadas, como a cerveja e o vinho, contêm de 2% a 20% de álcool. As bebidas destiladas, ou licores, contêm entre 40% a 50% ou mais de álcool. O conteúdo habitual de álcool das seguintes bebidas é:

Cerveja 2–6% de álcool
Cidra 4–8% de álcool
Vinho 8–20% de álcool
Tequila 40% de álcool
Rum 40% ou mais de álcool
Brandy 40% ou mais de álcool
Gin 40–47% de álcool
Uísque 40–50% de álcool
Vodka 40–50% de álcool
Licores 15–60% de álcool


BEBER E DIRIGIR

Nos Estados Unidos em 2007, o número de mortos devido a acidentes causados por adolescentes embriagados foi de 1393 – quase quatro mortos em cada dia do ano.

Os acidentes com veículos motorizados encabeçam a lista de causas de morte entre adolescentes nos Estados Unidos e são responsáveis por mais de uma em cada três mortes de jovens americanos. Dos condutores adolescentes que perderam a vida em 2006, 31% tinham bebido, isto de acordo com a National Highway Traffic Safety Administration (Agência Nacional para a Segurança do Tráfego nas Estradas).

O risco de um condutor que se encontra sob a influência do álcool morrer num acidente automobilístico é pelo menos onze vezes maior que o dos condutores que não têm álcool no seu sistema sanguíneo.

Para a maior parte das pessoas, isto são só estatísticas – chocantes talvez, mas apenas estatísticas. Mas para as famílias e amigos das pessoas que morreram como resultado de um adolescente a beber e conduzir, cada número representa uma perda trágica.

O álcool distorce as percepções e o bom discernimento das pessoas. As pessoas que se encontram sob a influência do álcool rapidamente admitem que o tempo de reação delas é menor do que quando não bebem e além disso, expõem–se a maiores riscos a que nunca se exporiam se estivessem sóbrios. Muito frequentemente, esses riscos são fatais.

O álcool é absorvido pela corrente sanguínea através de pequenos vasos sanguíneos que se encontram nas paredes do estômago e do intestino delgado. Minutos depois do álcool ter sido ingerido, viaja do estômago ao cérebro, onde rapidamente produz o seu efeito, retardando a ação das células nervosas.

Aproximadamente 20% do álcool é absorvido através do estômago. A maior parte dos restantes 80% é absorvido através do intestino delgado.

O álcool também é transportado pela corrente sanguínea para o fígado, o qual o elimina do sangue mediante um processo chamado de “metabolismo”, onde é convertido numa substância não tóxica. O fígado apenas pode metabolizar uma certa quantidade de álcool de cada vez, deixando o excesso em circulação no corpo. É por isto que a intensidade do efeito do álcool no corpo se encontra diretamente relacionada com a quantidade de álcool consumido.

Quando a quantidade de álcool no sangue excede um certo nível, o sistema respiratório torna–se muito lento (a respiração diminui), e pode causar coma ou morte, devido ao oxigénio já não chegar ao cérebro.


ALCOOLISMO

A dependência do álcool (alcoolismo) consta de quatro sintomas:

- Desejo forte: uma forte necessidade ou compulsão, à bebida.
- Perda de controlo: A incapacidade para limitar a própria forma de beber em qualquer ocasião.
- Dependência física: sintomas de abstinência tais como náusea, suores, tremores e ansiedade acontecem quando o consumo de álcool é interrompido depois de um período de excesso de bebida.

Uma dependência séria pode levar a pessoa a apresentar sintomas de abstinência que coloquem em perigo a sua vida entre os quais encontram–se as convulsões, estas começam de 8 a 12 horas depois da última bebida. O delirium tremens (D.T.s), que começa 3 a 4 dias depois da última bebida e durante o qual a pessoa apresenta uma agitação extrema, tremores, alucinando e desligando–se da realidade.

Um alcoólico, frequentemente dirá que pode deixar de beber a qualquer momento que decida – só que nunca “decide” fazê–lo. O alcoolismo não é um destino, mas sim uma progressão, um longo caminho de deterioração durante o qual a vida se vai tornando cada vez mais difícil.

Tolerância: a necessidade de beber grandes quantidades de álcool a fim de se sentir como se estivesse eufórico.

“Quando decidi parar de beber, percebi que o álcool tinha tomado conta do meu corpo de tal maneira que não podia parar. Costumava tremer como se eu fosse arrebentar, começava a suar e não podia pensar até que tomasse outro copo. Não podia funcionar sem ele.

“Passei os ultimos 8 anos a entrar e a sair dos hospitais e clínicas de desintoxicação, a tentar entender o que tinha acontecido comigo, como foi possível não poder deixar. Foi o pior e mais longo pesadelo que tive na minha vida.” – Jan

Fonte: http://br.drugfreeworld.org/drugfacts/alcohol/what-is-alcohol-dependence.html

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