sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pesquisa Unifesp: jovens começam a usar maconha aos 14 anos

Uma pesquisa do Cebrid (Centro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) divulgada nesta semana mostra que os adolescentes das escolas particulares de São Paulo começam a fumar maconha aos 14 anos e meio. Mais de 10,7% dos entrevistados disseram ter fumado a droga alguma vez na vida.


A iniciação no álcool e no cigarro é feita ainda mais cedo: os jovens começam aos 12 e 13 anos de idade em cada droga, respectivamente. Os dados foram coletados em 37 escolas, com a participação de 5.226 alunos. Desses, 2.691 são do ensino médio e 2.535, do ensino fundamental. Estudantes de ambos os sexos foram consultados, sendo 50,3% do masculino e 49,7% do feminino.

Eles fumam mais maconha do que elas: enquanto cerca de 5% dos meninos o fez no mês anterior à pesquisa, a proporção de meninas foi a metade, diz o estudo. “Os garotos apresentaram maior risco para consumo de maconha, cocaína e inalantes. As meninas, para consumo de ETAs (estimulantes tipo anfetaminas) e calmantes. E o “risco acumulado”, ou seja, o maior momento de exposição, também acontece mais cedo para os garotos. Eles experimentam com 14 anos, e elas com 15.

Adolescentes, baladeiros e ricos


A frequência de saídas noturnas está associada ao consumo de maconha. Aqueles que saíram quase todas as noites apresentaram oito vezes mais possibilidade de haver fumado a erva do que os que não saíram. Para Ana Regina Noto, coordenadora da pesquisa, os pais devem prestar atenção no comportamento dos filhos.
“Estar atento aos limites é importante. Um adolescente que têm saídas noturnas frequentes e sem supervisão de adultos fica mais vulnerável à embriaguez e assim, ao uso de drogas, por exemplo. Ele está em fase de formação de opinião e conhecimento da sexualidade, e tem que saber que existem outras formas de diversão, com menos riscos à saúde” Quem estuda em escola mais cara, com mensalidade maior que R$ 1.200, tem três vezes mais chance de haver fumado maconha do que em colégios baratos, com cobrança de até R$ 400.

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