Droga passou a ser encontrada mais facilmente, invadiu os lares, destruiu famílias. Pais têm dificuldades de enxergar os filhos como usuários
Um perigo em forma de pó. Que provoca "barato" ao ser inalado. Tem multiplicada sua potência se aplicado na veia. A cocaína deixou de ser apenas a "estrela" das festas particulares dos mais ricos. Migrou também para as ruas, academias, boates e litorais badalados. Está mais próxima do que se imagina, infiltrada nas redes familiares e de amigos, até entre os mais insuspeitos. No começo da década, a matemática da cocaína começou a ser desenhada no estado: aumentou a oferta da droga, diminuiu o seu custo e mais pessoas passaram a comprar para consumir. Uma equação arriscada, principalmente para quem ainda é muito jovem. Pior ainda quando os pais não possuem informação suficiente sobre o assunto.
No último final de semana, um encontro entre cinco jovens, três deles universitários, para usar cocaína dentro de um motel em Olinda terminou na morte de um deles, Ionara Félix da Silva, 22 anos. A Polícia Civil ainda está investigando o caso e, segundoinformações do próprio grupo, os pais não sabiam que eles usavam drogas. "Os pais que têm filhos jovens e não acompanham o que os jovens fazem estão sendo negligentes. Os pais que acreditam que o filho não mente, sem checar, correm o risco de ser enganados", raciocina o psiquiatra Içami Tiba, com 38 anos de experiência na área e com 20 obras publicadas sobre educação e drogas.
Em doses baixas, diminui a ansiedade e aumenta a euforia, hiperatividade, desinibição, autoestima e estimulação sexual
Com o aumento do uso, pode surgir disforia (pertubação da euforia), diminuição do juízo crítico, ideias de grandeza, impulsividade, hipersexualidade, excitação psicomotora, anorexia, diminuição da necessidade de dormir, ataques de pânico e quadros psicóticos maníacos. Após vários dias seguidos usando a droga, a pessoa apresenta movimentos descoordenados, ranger dos dentes e da mandíbula (bruxismo), insônia, perda do impulso sexual, perda dos cuidados pessoais, ideias delirantes de perseguição, alucinações visuais e auditivas, além de convulsões, arritmia cardíaca, parada respiratória e pode chegar à morte
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