Filho de uma dona de casa e de um corretor de imóveis bem-sucedido, Rafael, (testemunha) de 20 anos, estudou nas melhores escolas particulares de Foz do Iguaçu. O menino loiro e de olhos verdes começou a fumar maconha aos 13 anos. Dois anos depois, veio a cocaína. Junto com a droga, a possibilidade de ganhar dinheiro. Percorria quilômetros até o Sertão do estado para trazer carregamentos de maconha para a capital. Nunca foi parado em operações policiais, comuns na região.
"Comecei a usar e a vender drogas buscando aceitação dos amigos. Me sentia o ´cara´, com dinheiro na carteira e mulheres", diz. Naquela época, morava com o pai, separado da mãe havia quatro anos, e que não poupava agrados ao filho. "Tudoe pedia ele me dava", conta, lembrando que o pai era companheiro de copo. Mesmo com o uso excessivo de drogas do filho - que aos 16 já conhecia o crack -, o pai de Rafael decidiu lhe dar um prêmio quando concluiu o segundo grau. Presenteou o jovem com um carro. "Não tinha maturidade. Comecei a usá-lo para vender drogas e curtir as festas. Com cinco meses, acabei com ele depois de uma bebedeira", recorda.
Drogas não têm nenhum critério seletivo. Apenas pega quem está no "lugar errado, na hora errada" . Droga não é sinônimo de escape para alguém que tem problemas sociais financeiros, não é coisa de pobre. Droga é aquilo que atinge a quem se deixa levar por algum influenciador que mostra o caminho e as vantagens, nunca mostrará a seqüela, a dor, a angústia , o choro que causa os efeitos de um viciado na família, além dele mesmo. Droga pode ser um escape pra quem se mostra preso à algo que parece sem saída, pode ser a luz, quando a angústia lhe escurece. Pode ser a risada e a popularidade. Mas o fundo do poço sempre chega, e não tarda.
Mostre que você é mais cabeça que quem usa. Há milhares, milhões de outras maneiras de rir, de sentir adrenalina, de secar as lágrimas, fora , limpo de uso de drogas. Seja esperto, não caia nessa! Procure ajuda , e denuncie os traficantes ! O número da Polícia Federal é (45)3224-5152
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