sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Capacitação de Multiplicadores de Ações de Prevenção às Drogas.

Conheça mais sobre as ações da Coordenadoria Estadual Antidrogas


Vivemos hoje em um país formado pela multiplicidade cultural de cidadãos oriundos de etnias e crenças distintas, que fazem com que existam formas singulares de vivenciar o cotidiano. Constituímos uma sociedade que transmite valores de referência positivos às suas gerações, mas que estimula também o consumismo, o imediatismo, o individualismo e a competitividade, valores estes que têm subsidiado muitas vezes uma estrutura social disfuncional, onde a droga, lícita ou ilícita, se estabelece como meio para atingir o status quo exigido e esperado.

O uso de drogas é um fenômeno mundial e acompanha a humanidade desde primordios. Hoje, apesar de variar de região para região, afeta praticamente todos os países. Entretanto, nas últimas décadas, as tendências do uso de drogas, especialmente entre os jovens, começaram a convergir. No mundo todo, cerca de 200 milhões de pessoas – quase 5% da população entre 15 e 64 anos – usam drogas ilícitas pelo menos uma vez por ano. Cerca de metade dos usuários usa drogas regularmente, isto é, pelo menos uma vez por mês. A droga ilícita mais consumida no mundo é a cannabis (maconha e haxixe). Cerca de 4% da população mundial entre 15 e 64 anos usa cannabis enquanto 1% usa estimulantes do grupo anfetamínico, cocaína e opiáceos. O uso de heroína é um grave problema em grande parte do planeta – 75% dos países enfrentam problemas com o consumo da droga (UNODOC, 2008).
Muitas vezes gostaríamos que as drogas simplesmente não existissem, principalmente quando vemos pessoas a quem amamos sofrendo em consequência do envolvimento com elas. Porém, as drogas sempre fizeram parte da cultura e sempre estiveram presentes nas sociedades humanas.

Cabe-nos o seguinte questionamento: o que mudou? Mudou o comportamento das pessoas diante da droga. Do uso social ao problemático, o álcool é a droga lícita mais consumida no mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 2 bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas. Seu uso indevido é um dos principais fatores que contribuem para a diminuição da saúde mundial, sendo responsável na América Latina por cerca de 16% dos anos de vida útil perdidos, índice quatro vezes maior do que a média mundial. Segundo dados do I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo do Álcool na População Brasileira, de 2007, as bebidas alcoólicas são as substâncias psicotrópicas mais utilizadas por adolescentes entre 14 e 17 anos.

O que podemos fazer é tentar evitar que as pessoas se envolvam com drogas precocemente, especialmente com o álcool, desenvolvendo estratégias educativas e preventivas junto aos pais, cuidadores e educadores. Aos que já se envolveram, cabe-nos ajudá-los a evitar que se tornem dependentes; aos que já se tornaram dependentes, cabe-nos oferecer os melhores meios para que possam abandonar a dependência, auxiliando-os a se reinserirem na sociedade. Se, apesar de todos os nossos esforços, eles continuarem a consumir drogas, temos a obrigação de orientá-los para que o façam da maneira menos prejudicial possível.

Uma das melhores estratégias da prevenção é a informação. É preciso saber sobre as drogas, especialmente sobre seus riscos. Drogas podem causar danos à saúde, além de diminuir a percepção de perigos. Por alterar o nível de consciência, o uso de drogas pode levar a práticas arriscadas, como sexo sem preservativo ou compartilhamento de seringas e outros materiais que podem transmitir doenças, como o HIV/Aids e a hepatite.
Para auxiliar na compreensão, desenvolvimento de estratégias de enfrentamento ao uso indevido de drogas lícitas e ilícitas e influir no frágil equilíbrio entre demanda e oferta para se obter reduções no Estado do Paraná, o Conselho Estadual Antidrogas (CONEAD) e a COORDENADORIA ESTADUAL ANTI DROGAS (CEA) lançam este caderno, o qual objetiva divulgar informações para multiplicadores que estimulem a criação de novos Conselhos Municipais Antidrogas (COMADs), fornecendo o suporte técnico-teórico necessário para a elaboração de documentos, divulgando a estrutura das três esferas de governo e informações sobre a rede de serviços de atenção ao dependente químico.
 
Baixe a cartilha neste endereço: http://www.antidrogas.pr.gov.br/arquivos/File/Cartilha_Multiplicadores.pdf
 
Fonte: Sonia Alice Felde Maia CEAD/SEJU

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