quarta-feira, 23 de junho de 2010

Precisamos travar uma guerra sem dó nem piedade contra o crack, diz Lula

Na 12ª Semana Nacional Sobre Drogas, Lula cobrou esforço de prefeituras na execução do plano contra o crack. 


O presidente defendeu nesta segunda-feira (21) uma atuação conjunta entre o governo federal, estados e municípios no combate ao crack. Em discurso na abertura da 12ª Semana Nacional Sobre Drogas, Lula classificou o crack de “inimigo da humanidade” e afirmou que será preciso uma “guerra” para combater o problema da dependência química no Brasil.

“Nós precisamos travar uma guerra sem dó nem piedade contra o crack. Seja na fronteira especializando o que tivermos de especialidade, seja acertando com os governos que tem fronteira com o Brasil”, afirmou.

Segundo Lula, a responsabilidade pelo combate à droga é de todos. Ele pediu que os dirigentes não culpem uns aos outros pelo problema da dependência química e tentem atuar de forma conjunta.

Presidente responsabiliza estado, município e governo federal para dar demonstração que somos capazes de enfrentar esse mal.

Um cartão vermelho R$ 430 milhões

Em maio, o governo lançou o Plano Integrado para Enfrentamento do Crack, que prevê investimentos para treinamento de equipes de saúde, tratamento a usuários, pesquisa e combate ao tráfico. O projeto terá neste ano R$ 430 milhões de reais para a implementação das propostas. Segundo Lula, um dos focos do plano será prestar assistência aos parentes dos dependentes.

“Não tem quase hospital especializado e clínicas para cuidar disso. Estamos agora começando um processo para tratar não apenas o viciado, mas também da família”, disse. O presidente também defendeu ainda uma melhor fiscalização para identificar os usuários, principalmente nas escolas. “Temos que fiscalizar melhor para saber se tem em cada escola criança viciada e qual tratamento disponibilizar”, disse.

Presente ao evento, a secretária-adjunta da Secretaria Nacional de Políticas sobre as Drogas, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Paulina do Carmo, defendeu foco em políticas de integração do viciado em crack à sociedade. “Além da internação, o dependente do crack precisa de fortes ações para garantir a reinserção social”, disse.

Nenhum comentário: