segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A Reabilitação

A droga, em particular a heroína, fez parte da minha vida até ao dia 15 de Dezembro de 1996, nesse dia dei a minha última recaída, e daí para cá não mais toquei em drogas. Vivi um período complicado de curas e recaídas constantes, mesmo quando era suposto tomar o inibidor de opiáceos, fazes houve em que simulava apenas que o ingeria, indo logo de seguida dar um caldo. Em 14 de Março de 1997 nasceu a minha filha mais velha, a Mariana, e nesse dia prometi a mim mesmo que por mais forte que fosse a tentação não voltaria a cair, por ela, pela minha filha, o anjo que veio para me salvar.
Em 2001 concluí a minha licenciatura em Marketing e Publicidade no IADE.
Em 22 de Fevereiro deste ano divorciei-me da mulher com quem vivi durante 10 anos, e de quem tive mais uma filha que também amo e adoro, a Beatriz, um dia espero contar o meu passado às duas, para que saibam por onde passei a vida que levei, e para que compreendam muito do que sou.
Finalmente acho que a minha vida está a tomar um rumo, tenho a certeza que daqui para a frente seja sempre a somar.

Na vida acontecem coisas que nos fazem querer mudar, pessoas que entram, que saem alteram a ordem de nossas prioridades e desejos. Entrar nas drogas talvez seja um caminho que a pessoa entre não porque ela quer entrar em uma vida, mas sim porque ela quer fugir de outra. Para sair de uma rota inalterável que leva à ruína, muitas vezes é necessário mais do que atitudes que ajudem no físico, quando o que precisa ser atingido é o espiritual. 
Quando uma pessoa está em paz, com sua vida e consigo mesma, não há motivos para procurar as drogas. Acabar com as drogas é uma missão de cada um, mas o que alguns não sabem é que pode-se acabar com elas antes mesmo de elas existirem na vida de alguém. Cuidar de quem você gosta e ama, faz com que elas nunca estejam sozinhas, e não procurem caminhos tão ruins quanto as drogas.

Nenhum comentário: