quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Prefeitura do Rio cria primeiras unidades para tratamento de usuários de crack - Notícia

Para auxiliar no tratamento a usuários de crack a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou hoje (3) a instalação de três centros de atendimento, com 60 vagas, sendo 40 para crianças e adolescentes e 20 para mulheres adultas. Os centros começarão a receber os pacientes a partir de amanhã (4). As unidades para os jovens serão instaladas em Campo Grande e Sepetiba, na zona oeste e o centro feminino no Rio Comprido, na zona norte. Cada paciente custará, por mês, cerca de R$ 2,5 mil para prefeitura.


A medida faz parte do plano de ação contra o uso do crack e prevê também a capacitação de educadores sociais, de guardas municipais e campanhas publicitárias. De acordo com a Secretaria de Assistência Social, cerca de 80% das pessoas acolhidas na rede fazem uso da droga. O secretário Fernando William lembra que o tratamento é difícil e a recuperação depende do usuário. "A pessoa precisa concordar com o tratamento. Não dá para levar à força. Senão, chega lá [na unidade] quebrando portas, janelas e até agredindo funcionários.”

Para internação, uma das principais medidas do plano, os pacientes passarão por uma triagem da Secretaria Municipal de Assistência Social, que atenderá por meio de uma central telefônica e poderá também receber pedidos do Judiciário e dos próprios dependentes químicos
 

O prefeito Eduardo Paes reconheceu que não é viável apenas abrir vagas para recuperar os usuários de drogas e afirmou que a medida faz parte de um conjunto de ações, inclusive, de prevenção durante a infância. “Não se pode achar que vamos abrir vagas para internar todos os dependentes. Estamos fazendo um trabalho forte de prevenção nas escolas, com as famílias, criando alternativa para os jovens da nossa cidade”, rebateu.



Além das três unidades de internação, que foram licitadas e serão administradas por uma instituição privada, a prefeitura anunciou para novembro a inauguração de duas casas para atuar na redução dos danos causados pelas drogas. Nas chamadas Embaixadas da Liberdade, as crianças terão atendimento médico e social, sem precisar ficar, obrigatoriamente, internadas.

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