terça-feira, 31 de julho de 2012

E tem gente que diz que o cigarro não é droga



A indústria do cigarro é uma das principais inimigas da saúde pública. Afinal, o cigarro é um produto feito para viciar e matar. São 4 milhões de mortes por ano, uma a cada oito segundos. O pior de tudo é que, nesse mesmo tempo, outra vítima é "recrutada", normalmente um jovem.

NOVENTA POR CENTO DOS FUMANTES COMEÇARAM ANTES DOS 19 ANOS

Um dos principais objetivos da indústria do cigarro é fazer as pessoas acreditarem que fumar é uma decisão individual, o que funciona muito bem com os jovens de que fumando, eles vão ser mais sensuais, interessantes e aceitos. Você não acredita que isso é uma estratégia? Então leia o que diz um memorando dirigido ao vice-presidente de uma conhecida fábrica de cigarros:

"A marca Camel precisa aumentar sua penetração no grupo de 14-24 anos, que tem valores mais liberais e representa o mercado de cigarros amanhã."

Memorando de 1975 para C. A. Tucker, vice presidente de Marketing da R. J. Reynolds

A CORTINA DE FUMAÇA DA INDÚSTRIA DO CIGARRO

A estratégia para popularizar o uso do cigarro tem sido o marketing agressivo e a criação de uma verdadeira "cortina de fumaça", que esconde a verdade. O que acontece nos Estados Unidos e na Europa (as indenizações que os fabricantes de cigarro têm de pagar, a proibição da publicidade, etc.) nem sempre é conhecido em outros países, o que ajuda a indústria do cigarro a se expandir.

COM A PALAVRA, A INDÚSTRIA DO CIGARRO

Veja o que dizem alguns membros da indústria do cigarro:

"A nicotina causa dependência. Nosso negócio, então, é a venda de uma droga."

Addison Yeaman, da Brown & Williamson, 1963


"Para o principiante, fumar um cigarro é um ato simbólico. Eu não sou mais o filhinho da mamãe, eu sou durão, sou um aventureiro, não sou quadrado... À medida que o simbolismo psicológico perde a força, o efeito farmacológico assume o comando para manter o hábito..."

Philip Morris, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento, "Por que se Fuma", 1969


A VERDADE

"O cigarro não ser visto como um produto, mas como um pacote. O produto é a nicotina. Pense no cigarro como um distribuidor de uma dose de nicotina. Pense em uma tragada como o veículo da nicotina."

Drª Gro Harlem Brundtland, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) - Berlim, 27 de abril de 1999


NÃO SE DEIXE ENGANAR

Agora que você já conhece um pouco da estratégia da indústria do cigarro, não se deixe seduzir pelas belas imagens dos comerciais e dos anúncios. Fumar não deixa ninguém mais bonito ou interessante. A verdade é bem outra: cigarro é droga, causa dependência e mata.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Deputado Paranhos explica tramitação da PEC do Fumo



“O Brasil gastou no ano passado R$ 21 bilhões de reais só para tratar doenças provocadas pelo fumo”. O número tem sido usado pelo deputado Leonaldo Paranhos (PSC) para defender a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a proibição do tabagismo em logradouros públicos, como praças, parques e ruas. Embora os malefícios provocados pelo cigarro à saúde das pessoas estejam cientificamente provados, Paranhos ressalta que a sua proposta prevê uma consulta popular, através de um referendo, que seria realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER) junto com uma das eleições futuras. “É a população do Paraná que, livre e democraticamente, através do referendo, dirá se quer ou não a proibição do fumo em lugares abertos e públicos”, enfatiza.
A “PEC do Fumo”, como está sendo chamada, propõe uma alteração na Constituição do Estado, que no artigo 167-A, passaria a ter a seguinte redação: “É proibida a prática do tabagismo ou o uso de substância fumígena em logradouros públicos estaduais e municipais, compreendendo inclusive parques e praças de domínio público ou qualquer outro espaço, fechado ou aberto, de livre acesso ou trânsito”.
Já publicada pela Assembleia Legislativa no dia 29 de junho, a proposta aguardará agora a formação de uma Comissão Especial, formada por cinco membros, que terá a atribuição de emitir um parecer sobre aspectos legais e constitucionais – a formação dessa comissão respeitará a representação proporcional dos partidos na Casa.
A estimativa do deputado Paranhos é de que a proposta tramite em Plenário após o recesso de julho. “Acreditamos que num prazo de 60 dias após o recesso a proposta estará pronta para ser votada em Plenário”.


Fonte: Assessoria

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Deputado Paranhos propõe PEC para proibir fumo em logradouros públicos



Decisão seria tomada pela população através de referendo popular aplicado pelo TRE


O deputado Paranhos (PSC) protocolou na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para proibir a prática do tabagismo em logradouros públicos estaduais e municipais, compreendendo ruas, parques e praças com livre acesso e trânsito de pessoas.

A proposta já foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa e na sessão de ontem (3) foi lido um memorando informando os parlamentares sobre a veiculação da PEC e da abertura do prazo de três dias para oferecimento de emendas. O próximo passo legal é a formação da Comissão Especial encarregada de analisar a PEC. De acordo com a iniciativa de Paranhos, a Constituição do Estado do Paraná deve passar a vigorar acrescida do artigo 167-A, com a seguinte redação: “É proibida a prática do tabagismo ou o uso de substância fumígena em logradouros públicos estaduais e municipais, compreendendo inclusive parques e praças de domínio público ou qualquer outro espaço, fechado ou aberto, de livre acesso ou trânsito”.

A aplicação da PEC, segundo o texto, ficará vinculada à decisão do eleitorado paranaense, que irá se manifestar através de referendo a ser realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral em data oportuna, previamente anunciado e precedido de amplo debate público.

O deputado Paranhos defende a iniciativa com informações largamente divulgadas sobre os males causados pelo fumo tanto a fumantes quanto a não fumantes. A justificativa anexa ao projeto da PEC cita que as doenças cardiovasculares e o câncer têm no tabagismo seu mais importante fator de risco e são a primeira e a segunda causa de óbitos por doença no Brasil, respondendo, respectivamente, por 29 e 15% dos óbitos anuais. O fumo também é responsável direto por vários tipos de câncer – de boca, garganta e pulmão são os mais comuns -, além de diversas doenças respiratórias.  “Todos somos vítimas desse mal, responsável por milhares de casos de doenças que superlotam leitos de hospitais e demandam gastos cada vez maiores com tratamentos na saúde pública”, argumenta. 

Mas o mais grave, na avaliação do parlamentar do PSC, são os casos dos fumantes passivos. Estudos revelam que são milhares de pessoas que ficam doentes sem fumar, sobretudo crianças, expostas aos elementos químicos expelidos com a fumaça do cigarro. “Não há, no cigarro, nenhum fator positivo, nada que justifique a permissividade do seu uso em ambientes de circulação de pessoas, onde a grande maioria do público é formada por não fumantes”, enfatiza Paranhos. 

É importante frisar que a decisão de proibir ou não o fumo em logradouros públicos ficará a cargo da população, em referendo popular. Depois disso, se aprovada a PEC, caberá aos deputados estaduais a formulação de uma legislação complementar para regulamentar a aplicação de multas, sanções e penalidades diversas aos infratores, respeitadas a Constituição e legislação federal pertinente.