terça-feira, 31 de maio de 2011

Hoje é Dia Mundial Anti-Tabagismo

No dia 31 de maio é comemorado o Dia Mundial Anti-Tabagismo. Apesar da conquista de reduzir o número de adultos que fumam, um outro problema preocupa. Os cigarros passaram a ter cores, cheiro e até sabores diferentes, o que acaba atraindo os jovens.


Quem fuma tem a pele opaca, mais flácida e com rugas mais profundas, principalmente ao redor dos olhos e dos lábios.

No Brasil, o número de fumantes chega a 24.6 milhões de pessoas. Os dados mais recentes são de 2008.

Sempre que a pessoa fuma, a nicotina vai diretamente para a corrente sanguínea. Em sete segundos já está no cérebro. O que dá uma sensação de bem estar, por causa do aumento da produção de dopamina, substância responsável pelo prazer.

Só que isso não passa de 40 minutos, mas os males do cigarro são bem mais duradouros. A nicotina reduz a circulação sanguínea. Porque deixa os vasos mais estreitos. Esse efeito dura por mais de uma hora, após cada cigarro fumado.

“A ação de câncer é muito maior, o envelhecimento é muito maior, o organismo inteiro fica prejudicado, não só a pele, mas o corpo todo, cérebro, coração”, garante Fátima Pires, dermatologista.

O que os médicos falam sobre a ação do cigarro no organismo é traduzido em números. Segundo a organização mundial de saúde, de cada dez adultos um morre por que fuma.

É a segunda maior causa de morte no mundo, perde apenas para as doenças do coração.

Carla fuma um maço de cigarro por dia. Um vício de cinco anos e que hoje, no Dia Mundial de Combate ao Fumo ela está determinada a abandonar. “Não vou mais fumar nenhum cigarro. Se deus quiser vai dar tudo certo daqui pra frente”, acredita.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mais de 600 kg de maconha são apreendidos em Cascavel

Droga estava em uma casa no bairro Brasmadeira; 2 pessoas foram presas. Além do entorpecente, munição e um carro foram apreendidos.

 
A Polícia Militar apreendeu 612 kg de maconha e 75 munição em uma casa no bairro Brasmadeira, em Cascavel, no Oeste do Paraná, por volta das 20h do sábado (21). A residência onde a droga foi encontrada fica em um terreno de três casas, duas delas ocupadas e a do meio, sem morador, era onde estava o entorpecente.


Dois homens, de 20 e 32 anos, foram presos no local. Um carro que era usado no transporte da droga também foi apreendido.


Fonte: http://www.g1.com.br/

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Escolha Viver Sem Drogas



Vídeo muito bem elaborado. Vale a pena conferir.

Descrição:
Animação que aborda as drogas e sua influência sobre a sociedade. Tem o objetivo de ser uma ferramenta de debate sobre o tema em colégios da rede pública de ensino.Desenvolvida através da técnica de rotoscópia e outras técnicas como animação tradicional, 3d e motion graphics.

Lei que obriga comércio a alertar sobre perigos do álcool está em vigor

A legislação que obriga a exposição de cartazes de advertência sobre o risco de acidentes provocados pelo álcool líquido em estabelecimentos comerciais está em vigor desde sábado.

Os estabelecimentos mineiros tiveram 120 dias para se adequar à Lei 19487/2011 desde a sanção da norma.

Segundo a legislação, os cartazes deverão apresentar imagens de acidentes provocados pelo uso do álcool e deverão ser afixados a até um metro de distância do local onde o produto estiver exposto nas gôndolas.

Caso não cumpram a lei, os supermercados e demais estabelecimentos varejistas que comercializam álcool líquido estão sujeitos às punições previstas no Código de Defesa do Consumidor, que vão de multa até a cassação da licença.

A reportagem do JORNAL DE UBERABA fez uma pesquisa em diversos estabelecimentos comerciais e em todos eles não havia a colocação dos cartazes. A informação, de modo geral, é que não sabiam da lei, que foi mal divulgado, e prometeram ficar a par do assunto.

Vale lembrar que estudos apontam que acidentes que envolvem a utilização do álcool são uma das principais causas de queimadura no Brasil. O estudo, realizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, sugere medidas e oferece subsídios ao poder público para que combatam o problema e protejam principalmente os mais vulneráveis, como crianças de famílias de baixa renda, como a sobretaxação no preço do álcool mais perigoso, de concentração mais elevada. O estudo apontou, ainda, o reconhecimento da queimadura por álcool como um problema social e de saúde pública. Também foi detectado que colocar advertências mais visíveis nas embalagens do produto, que deixem claro os riscos de acidentes, é também uma medida que deve ser tomada. É o que pretende o governo de Minas.

Estatísticas do Hospital de Clínicas da UFTM apontam que no ano passado 43 pessoas foram atendidas no PS Adulto e 13 no PS Pediátrico por queimadura. De janeiro a março deste ano foram 7 atendimentos em cada um dos PS. (MGS)

Fonte: ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Justiça impede ‘marcha da maconha’ em Curitiba

O juiz da Vara da Central de Inquéritos de Curitiba, Pedro Luis Sanson Corat, expediu liminar que proibiu a realização da ‘marcha da maconha’, programada para domingo passado (22) na praça Santos Andrade.

O pedido havia sido feito pelo deputado estadual Leonaldo Paranhos (PSC), através de medida cautelar protocolada na quarta-feira da semana passada (18).  
Paranhos já havia se manifestado contra a marcha em pronunciamento realizado no dia 17, na tribuna da Assembleia Legislativa. Na visão do parlamentar, a sociedade paranaense não tolera esse tipo de manifestação. “Buscamos o amparo da justiça entendendo que a marcha é ilegal por fazer apologia ao uso da droga”.

Ainda segundo Paranhos, não se pode ignorar que o consumo da maconha está ligado ao tráfico, responsável pela maioria dos homicídios cometidos em Curitiba e no Paraná.

Em seu pronunciamento na tribuna, Paranhos também mostrou um DVD pirata, comprado em camelôs, contendo um documentário sobre o cultivo e a utilização da maconha nos Estados Unidos. Afirmou que, mesmo sendo um documentário, o material deve ter a venda combatida, porque ao ser visto por jovens e adolescentes, ainda imaturos, funciona como um estímulo para o consumo. “Precisamos reagir a isso. Ainda bem que no sábado (21) aconteceu a Marcha para Jesus – evento programado pelas igrejas evangélicas. Jesus chegou antes do diabo”, ironizou. 


A região oeste do Paraná é responsável por 30% do total de maconha apreendida em todo o país, só neste ano. Nos primeiros cinco meses foram mais de sete toneladas da droga. O município de Guaíra lidera o numero de apreensões. A fronteira com a Argentina e o Paraguai é apontada pela polícia como motivo do grande volume de droga apreendida no estado.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Deputado Paranhos se posiciona contra "marcha da maconha"

Em pronunciamento feito na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (17), o deputado Leonaldo Paranhos (PSC) se posicionou contrário à marcha da maconha – uma manifestação marcada para domingo, dia 22 de maio. “Vamos tentar impedir que isso aconteça, nem que seja na Justiça, porque fazer apologia ao consumo de droga é crime”, afirmou o parlamentar.

Ainda segundo Paranhos, a sociedade não pode tolerar esse tipo de manifestação, principalmente quando se sabe que “a maconha é a porta de entrada para o consumo de drogas mais pesadas”. Ainda mais grave, de acordo com Paranhos é o fato de que a droga está diretamente vinculada ao tráfico, responsável pela maioria dos homicídios cometidos no Paraná.

Paranhos também mostrou um DVD pirata, comprado em camelôs, contendo um documentário sobre o cultivo e a utilização da maconha nos Estados Unidos. Afirmou que, mesmo sendo um documentário, o material deve ter a venda combatida, porque ao ser visto por jovens e adolescentes, ainda imaturos, funciona como um estímulo para o consumo. “Precisamos reagir a isso. Ainda bem que no sábado (21) acontece a Marcha para Jesus – evento programado pelas igrejas evangélicas. Jesus vai chegar antes do diabo”, ironizou.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O ÁLCOOL TAMBÉM É UMA DROGA

É classificado como um depressivo, o que quer dizer que diminui as funções vitais – resultando em fala arrastada, instabilidade de movimentos, percepções alteradas e uma incapacidade para reagir rapidamente.


No que diz respeito à forma como chega a afectar a mente, o álcool é melhor compreendido como uma droga que reduz a capacidade da pessoa para pensar de forma racional e distorce a sua capacidade de discernimento.

Mesmo estando classificado como um depressivo, a quantidade de álcool consumido determina o tipo de efeito que é obtido. Muita gente bebe pelo efeito estimulante, como no caso de uma cerveja ou um copo de vinho que são bebidos “para soltar–se”. Mas se uma pessoa consome mais do que o corpo pode manejar, então experimentará o efeito depressivo do álcool. Começará a sentir–se “estúpida” ou perderá a coordenação e o controlo.

Uma overdose de álcool provoca efeitos depressivos muito mais severos (incapacidade para sentir dor, toxicidade tal que faz com que o organismo vomite o veneno, e finalmente inconsciência ou, ainda pior, coma ou a morte derivada de uma overdose tóxica severa). Estas reações dependem de quanto e quão rápido é consumido o álcool.

Existem diferentes tipos de álcool. O álcool etílico (etanol), que é o único utilizado em bebidas, é produzido pela fermentação de grãos e frutas. A fermentação é um processo químico mediante o qual a levedura atua sobre certos ingredientes que são encontrados na comida, gerando álcool.

O CONTEÚDO DAS BEBIDAS

As bebidas fermentadas, como a cerveja e o vinho, contêm de 2% a 20% de álcool. As bebidas destiladas, ou licores, contêm entre 40% a 50% ou mais de álcool. O conteúdo habitual de álcool das seguintes bebidas é:

Cerveja 2–6% de álcool
Cidra 4–8% de álcool
Vinho 8–20% de álcool
Tequila 40% de álcool
Rum 40% ou mais de álcool
Brandy 40% ou mais de álcool
Gin 40–47% de álcool
Uísque 40–50% de álcool
Vodka 40–50% de álcool
Licores 15–60% de álcool


BEBER E DIRIGIR

Nos Estados Unidos em 2007, o número de mortos devido a acidentes causados por adolescentes embriagados foi de 1393 – quase quatro mortos em cada dia do ano.

Os acidentes com veículos motorizados encabeçam a lista de causas de morte entre adolescentes nos Estados Unidos e são responsáveis por mais de uma em cada três mortes de jovens americanos. Dos condutores adolescentes que perderam a vida em 2006, 31% tinham bebido, isto de acordo com a National Highway Traffic Safety Administration (Agência Nacional para a Segurança do Tráfego nas Estradas).

O risco de um condutor que se encontra sob a influência do álcool morrer num acidente automobilístico é pelo menos onze vezes maior que o dos condutores que não têm álcool no seu sistema sanguíneo.

Para a maior parte das pessoas, isto são só estatísticas – chocantes talvez, mas apenas estatísticas. Mas para as famílias e amigos das pessoas que morreram como resultado de um adolescente a beber e conduzir, cada número representa uma perda trágica.

O álcool distorce as percepções e o bom discernimento das pessoas. As pessoas que se encontram sob a influência do álcool rapidamente admitem que o tempo de reação delas é menor do que quando não bebem e além disso, expõem–se a maiores riscos a que nunca se exporiam se estivessem sóbrios. Muito frequentemente, esses riscos são fatais.

O álcool é absorvido pela corrente sanguínea através de pequenos vasos sanguíneos que se encontram nas paredes do estômago e do intestino delgado. Minutos depois do álcool ter sido ingerido, viaja do estômago ao cérebro, onde rapidamente produz o seu efeito, retardando a ação das células nervosas.

Aproximadamente 20% do álcool é absorvido através do estômago. A maior parte dos restantes 80% é absorvido através do intestino delgado.

O álcool também é transportado pela corrente sanguínea para o fígado, o qual o elimina do sangue mediante um processo chamado de “metabolismo”, onde é convertido numa substância não tóxica. O fígado apenas pode metabolizar uma certa quantidade de álcool de cada vez, deixando o excesso em circulação no corpo. É por isto que a intensidade do efeito do álcool no corpo se encontra diretamente relacionada com a quantidade de álcool consumido.

Quando a quantidade de álcool no sangue excede um certo nível, o sistema respiratório torna–se muito lento (a respiração diminui), e pode causar coma ou morte, devido ao oxigénio já não chegar ao cérebro.


ALCOOLISMO

A dependência do álcool (alcoolismo) consta de quatro sintomas:

- Desejo forte: uma forte necessidade ou compulsão, à bebida.
- Perda de controlo: A incapacidade para limitar a própria forma de beber em qualquer ocasião.
- Dependência física: sintomas de abstinência tais como náusea, suores, tremores e ansiedade acontecem quando o consumo de álcool é interrompido depois de um período de excesso de bebida.

Uma dependência séria pode levar a pessoa a apresentar sintomas de abstinência que coloquem em perigo a sua vida entre os quais encontram–se as convulsões, estas começam de 8 a 12 horas depois da última bebida. O delirium tremens (D.T.s), que começa 3 a 4 dias depois da última bebida e durante o qual a pessoa apresenta uma agitação extrema, tremores, alucinando e desligando–se da realidade.

Um alcoólico, frequentemente dirá que pode deixar de beber a qualquer momento que decida – só que nunca “decide” fazê–lo. O alcoolismo não é um destino, mas sim uma progressão, um longo caminho de deterioração durante o qual a vida se vai tornando cada vez mais difícil.

Tolerância: a necessidade de beber grandes quantidades de álcool a fim de se sentir como se estivesse eufórico.

“Quando decidi parar de beber, percebi que o álcool tinha tomado conta do meu corpo de tal maneira que não podia parar. Costumava tremer como se eu fosse arrebentar, começava a suar e não podia pensar até que tomasse outro copo. Não podia funcionar sem ele.

“Passei os ultimos 8 anos a entrar e a sair dos hospitais e clínicas de desintoxicação, a tentar entender o que tinha acontecido comigo, como foi possível não poder deixar. Foi o pior e mais longo pesadelo que tive na minha vida.” – Jan

Fonte: http://br.drugfreeworld.org/drugfacts/alcohol/what-is-alcohol-dependence.html

segunda-feira, 9 de maio de 2011

OXI - Nova droga veio para matar

Um novo tipo de entorpecente vem sendo apreendido em diversas regiões do Brasil, dado que mostra que a droga vem se espalhando pelo país.

Trata-se de uma derivação do Crack, chamado de OXI. Esta nova droga é uma mistura de base de cocaína, querosene (ou gasolina, diesel e solução de bateria), cal e permanganato de potássio. Antes, a droga era diluída na maconha, mas hoje, ela já é transformada em pedra e fumada em um cachimbo, assim como o crack. A oxi já é comum em outros estados como o Acre, que faz fronteira com Perú e Bolívia, mas chegou a São Paulo há algum tempo. Por não ser uma droga conhecida, o material apreendido acaba sendo confundido com o crack.

Já houve registro da droga no Mato Grosso do Sul, Goias, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, onde na região de Santa Tereza do Oeste foi efetuada uma das maiores apreensões do país.

De acordo com Ana Cristina Fulini, coordenadora terapêutica da Clinica Maia Prime, essa droga tem um poder ainda mais devastador. “A oxi chega muito rápido ao cérebro, mas os efeitos duram pouco, fazendo com que o usuário use constantemente a droga a fim de ter as sensações que vão da euforia, depressão, medo e chegam a levar a paranóia”. Outro fator que pode desencadear o uso do oxi em relação ao crack é o preço. Enquanto que a pedra de crack é vendida entre R$ 7,00 e $ 10,00, a oxi varia de R$ 2,00 a R$ 5,00. Por ter muitos componentes, a toxidade é muito alta, podendo afe tar o sistema cardiorrespiratório e gerar perda da consciência e problemas hepáticos.

De acordo com especialistas do Denarc de São Paulo, em média, 30% dos usuários desse tipo de droga não sobrevivem após um ano de uso.Para Ana Cristina, muitos desses usuários podem ter migrado da cocaína, então é importante a família estar atenta para que uma equipe multidisciplinar acompanhe o quanto antes esse dependente. “Um bom tratamento depende muito da família e das informações passadas à equipe de atendimento. É fundamental sabermos que tipo de droga o usuário utiliza ou utilizou”.

Fonte: RedeNotícias

Uma droga pior que o crack



No começo deste mês, o Denarc (Departamento de Narcóticos) da Polícia Civil de São Paulo fez as duas primeiras apreensões — a última, na sexta-feira —, da droga conhecida como oxi, que tem colocado em alerta especialistas e autoridades da área de saúde por ser mais barata, viciante e danosa do que o crack.


O oxi mostra seus efeitos logo na primeira semana de consumo. Com vômito e diarreia frequentes, alguns viciados podem perder até 10 kg em menos de um mês. O usuário apresenta problemas no aparelho digestivo, complicações renais, além de dores na cabeça e náuseas, que se tornam constantes. As gengivas são perfuradas e os dentes danificados (ficam porosos e podem cair).

Tem mais: as substâncias do oxi atingem principalmente o fígado, a faringe e os pulmões. “Praticamente todas as via respiratórias sofrem um grande comprometimento, o que pode levar à morte rapidamente alguém que tenha asma ou algum problema cardíaco”, afirma Marta Jezierski, diretora do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), ligado à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

Assim como o crack, o oxi é feito a partir da pasta base da cocaína e passa por um processo no qual outros produtos são acrescentados para se obter a pedra. O crack vem da mistura com amoníaco e bicarbonato de sódio, enquanto o oxi é feito com cal virgem, combustíveis (querosene, gasolina ou diesel) e outros oxidantes (daí a origem do seu nome), como explica Ana Cristina Fulini, especialista em dependência química da Clínica Maia Prime, em São Paulo: “São produtos mais baratos, que reduzem bastante o preço da droga, tornando-a uma alternativa para o usuário de crack”.

Embora a droga só tenha sido apreendida pela polícia recentemente, relatos apontam que o oxi já é bastante popular no norte do país, principalmente no Acre e no Amazonas. Chegou à capital de São Paulo nos últimos sete meses e tem sido amplamente usada entre viciados em crack. “Os pacientes informam sobre um tipo de pedra de crack mais barata e com efeito mais forte desde o ano passado”, conta Ana.

Um fator que contribui para rápida adesão do usuário é a concentração de cocaína, mais alta no oxi, chegando a 80%, embora a pureza seja menor em consequência do excesso de ingredientes. O crack apresenta uma concentração de 40%. Essa diferença também torna o efeito do oxi mais rápido e potente, aumentando a sedução para o uso.

Segundo Marta Jezierski, os usuários de oxi em São Paulo consomem a droga pensando ser crack. “Na hora da fissura, dificilmente essas pessoas se perguntam o que é, alguns só sabem que é mais barato e forte”, diz ela, alertando para o fato de que o oxi, em comparação com o crack, aumenta a paranóia e os surtos psicóticos.

1,4 toneladas foram apreendidas no Acre desde 2009

Fronteiras

Em 2005, o Ministério da Saúde alertou para o aumento de usuários de oxi no estado do Acre. A droga chegou pelas fronteiras da Bolívia e do Peru, onde há relatos de seu uso desde a década de 1980.

Falta de mapeamento

Ainda não há qualquer tipo de mapeamento do uso do oxi nas principais capitais brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro. “O Cratod lançará um estudo específico na próxima semana”, afirma a coordenadora Marta Jezierski.

Mais barata

Enquanto o crack custa até R$ 10 por pedra, o oxi pode ser encontrado por R$ 2. A droga tem sido apelidada em São Paulo de “Hulk” e “Kryptonyta”, em referência à sua cor mais esverdeada.


Fonte: Rede Bom Dia

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Crack é tema de debate na Câmara de Curitiba hoje

O crack é tema de debate na Câmara de Curitiba, na tarde de hoje, a partir das duas horas. A audiência pública vai discutir o impacto do uso de drogas nas comunidades, políticas públicas e a falta de estrutura das casas de recuperação da cidade. A iniciativa é dos vereadores Noemia Rocha (PMDB) e Pedro Paulo (PT). Vão participar da discussão o psiquiatra e especialista em dependência química Marcos Bessa, a professora Araci Asinelli da Luz, a psicóloga Maria Aparecida da Silva Reis Pereira e pastores que atuam na recuperação de dependentes químicos. Após a audiência, os vereadores pretendem encaminhar sugestões à prefeitura.

Fonte: http://blogdajoice.com/

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Confederação dos municípios cria site para monitorar o crack


98% das cidades brasileiras já registram a presença e o consumo da chamada “pedra da morte”. Partindo dessa constatação oficial a Confederação Nacional dos Municípios lançou na última semana o Observatório Nacional sobre o Crack.

Por meio de um portal na internet (www.cnm.org.br/crack), o novo órgão pretende monitorar a difusão da droga nos municípios do Brasil e levantar dados para dar suporte a políticas públicas voltadas para a solução do problema. De acordo com a CNM, em uma pesquisa por amostragem de municípios, feita em dezembro do ano passado, as constatações superaram as piores expectativas.

“Inicialmente, temos como objetivo maior levantar dados, saber as regiões afetadas, quem são os consumidores. Precisamos fazer com que as prefeituras, a sociedade civil, os governos e todos participem do combate ao tráfico e ao consumo de drogas, para que seja forçado um debate nacional. É preciso ter um plano estratégico. É inadmissível que, hoje, não haja disponível o número da quantidade de viciados. Precisamos de dados para o enfrentamento desse problema”, disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Ele também criticou a atuação do governo federal, que, segundo ele, se ausenta das questões que teriam que ser enfrentadas. A questão da segurança é fundamental, na opinião do presidente da entidade. “A União não fiscaliza as fronteiras na Venezuela, na Bolívia, em todos os lugares por onde passa a cocaína e outras drogas. E essa é uma das piores guerras que tem”, afirmou.

Em 12 de maio, durante a 14ª marcha dos prefeitos a Brasília, o observatório deverá divulgar dados mais aprofundados sobre o tema. Segundo Ziulkoski, foram encaminhadas 29 perguntas aos prefeitos de municípios de todos os estados do país. O resultado vai estar disponível no site da entidade. Pessoas em tratamento, problemas relacionados ao consumo e ao tráfico e o detalhamento das ações executadas pelos municípios são pontos que foram abordados e devem ser divulgados.

O observatório conta, principalmente, com a participação da comunidade, dos gestores municipais e dos secretários de Saúde e Assistência Social. Eles devem contribuir para enviar os dados sobre os municípios e informar, por exemplo, o número de dependentes, quais ações estão sendo tomadas para combater a droga, e quais são as boas práticas que podem servir de exemplo a outras cidades. “Será uma radiografia do crack no país”, comentou Ziulkoski.

PESQUISA

Entrevistas em 3.950 cidades brasileiras, o que representa 71% dos municípios do País, feitas em estudo da CNM, no ano passado, mostraram resultados alarmantes sobre o avanço do crack no interior do Brasil. A principal constatação foi de que a “pedra da morte” deixou de ser um problema urbano. Com o crescimento do consumo entre a população, as ações de tratamento dos viciados mostram ser pequenas ainda.

A pesquisa da CNM constatou que a principal estratégia para o acolhimento e tratamento tem uma cobertura de apenas 14,78% dos municípios que responderam a pesquisa, o que confirma que a estruturas físicas existentes e a disponibilidade de serviços é insuficiente para atender as demandas.

O crack se transformou nas últimas décadas em um dos mais graves problemas de saúde pública. Por isso é fundamental o envolvimento de entidades da sociedade civil nos debates sobre o tema e nas políticas para recuperação dos dependentes. Essa contribuição, no entanto, não elimina a necessidade de os governos federal, estadual e municipal investirem pesado no combate e na repressão ao tráfico e ao consumo. O portal na internet pretende servir de base para levantar dados de forma mais ágil e contribuir para que cidades, estados e União tracem estratégias de combate à droga.

Acesse também: www.cnm.org.br/crack

Fonte: ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)